O Departamento de Parques e Jardins, da Secretaria de Serviços Públicos de Campinas, inicia nesta segunda-feira (27) a remoção de 181 árvores na Lagoa do Taquaral. “Análises técnicas realizadas por agrônomos, que verificaram cada uma das espécies na Lagoa do Taquaral, indicam que essas árvores têm algum risco de queda e, por isso, elas serão extraídas”, explica o secretário Ernesto Paulella. “As remoções devem durar cerca de sete dias”, reforça o secretário.
A Lagoa segue fechada por tempo indeterminado, assim como outros 15 parques de Campinas. Desde a determinação da Prefeitura, há um mês, nove parques foram reabertos após análises. “Ficou constatado que nesses nove parques não existe risco para as árvores”, afirma Paulella.
A decisão da Prefeitura, em fechar os parques, aconteceu em 24 de janeiro, quando um eucalipto caiu e matou a menina Isabela Firmino Tiburcio, de 7 anos, dentro da Lagoa do Taquaral.
Conforme a Administração Municipal, ainda na Lagoa do Taquaral, 25 eucaliptos foram extraídos após o acidente fatal. O destino dos demais ainda depende da análise da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
Nos últimos 30 dias, podas e extrações foram realizadas por parte da Prefeitura, sob apoios e também protestos por parte da população. Ambientalistas acusam falta de critério nas ações, mas a Prefeitura garante exercer o trabalho amparada por laudos.
Bosque dos Jequitibás
O Bosque dos Jequitibás também segue fechado. O espaço está em processo de inspeção, depois da poda dos galhos rentes ao alambrado, projetados sobre as vias ao redor.
Na última semana de 2022, uma figueira branca caiu em cima de um carro na Rua General Marcondes Salgado e matou o motorista Guilherme da Silva, de 36 anos. Desde então, cinco árvores do Bosque foram removidas.
Já o Bosque dos Italianos, no Jardim Guanabara, deve ser reaberto nos próximos dias, segundo Paulella. O Departamento de Parques e Jardins (DPJ) terminou na última sexta-feira (24) a poda dos galhos das árvores do local. “Na próxima semana, iniciaremos as podas no Bosque dos Alemães, também no Guanabara”, informa o secretário.
Paulella diz que Secretaria tem o inventário de 30.500 árvores de Campinas e as análises indicam a necessidade de remoção de algumas delas que acontecerão a partir de março.
Neste mês de fevereiro, 27 árvores no trecho entre as Avenidas Francisco Glicério e Abolição foram extraídas, o que alterou bastante a paisagem de uma parte do Centro.
No total, o município conta hoje com cerca de 750 mil árvores adultas, número que coloca Campinas como a segunda cidade mais arborizada do país.