Projeto de lei que obriga os estabelecimentos, produtores, promotores e organizadores de eventos realizados em locais sujeitos à presença do carrapato-estrela a informar sobre o risco de Febre Maculosa Brasileira foi aprovado pela Câmara de Campinas em sessão extraordinária na quinta-feira (29). Conforme a Prefeitura, a sanção do projeto de lei aprovado pelos vereadores será publicada nos próximos dias.
A medida faz parte de um conjunto de ações de enfrentamento à doença anunciado em 14 de junho, depois do registro de um surto da doença na Fazenda Santa Margarida, no Distrito de Joaquim Egídio (área Leste da cidade), área com risco de transmissão da enfermidade.
A região de Campinas é endêmica para a febre maculosa.
“A boa comunicação é essencial na prevenção de febre maculosa. Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Saúde, além de sinalizar locais públicos de risco e informar sobre a doença, vai exigir a mesma coisa para proprietários de estabelecimentos localizados em áreas com possibilidade de transmissão”, afirma a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea von Zuben. Conforme a diretora, é imprescindível divulgar o risco, os sintomas da doença e a importância de informar os médicos sobre a passagem por estes locais.
Animais silvestres protegidos por legislação federal, as capivaras são um dos principais hospedeiros do carrapato-estrela, que transmite a doença. Podem contrair a bactéria que causa a febre maculosa quando são parasitadas por carrapatos-estrela infectados, desenvolvendo grande número de bactérias, o que permite que outros carrapatos contraiam a bactéria quando se alimentam do seu sangue.
LEIA TAMBÉM:
Fazenda Santa Margarida fecha por 30 dias após surto de febre maculosa
Febre maculosa: veterinário explica como carrapato-estrela transmite a doença