A Superintendência do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) informa que a Unidade de Emergência Referenciada
Pediátrica do Hospital está lotada e vai restringir os atendimentos pediátricos na Unidade por 48 horas. A medida foi adotada nesta segunda-feira, dia 18, e deve vigorar até quarta-feira (20). A situação será avaliada diariamente para decidir a suspensão ou manutenção da restrição.
Como consequência, todos os 36 leitos da enfermaria de Pediatria e os 20 leitos da UTI Pediátrica também estão ocupados. Nas últimas semanas houve
um aumento expressivo de procura espontânea e referenciada de casos com síndromes respiratórias que lotaram as unidades.
Diante da situação, a Superintendência do Hospital de Clínicas enviou comunicado para a central estadual de regulação de vagas (CROOSS), para a
Diretoria Regional de Saúde (DRS-7), para os serviços de resgate das rodovias, para o SAMU, para as prefeituras da região e para o grupamento
Águia da PM, solicitando não encaminhar pacientes nas próximas 48 horas.
Estrangulamento do setor
Na semana passada, o secretário municipal de Saúde de Campinas, Lair Zambon, solicitou uma reunião com a Secretaria Estadual de Saúde para discutir o fortalecimento da rede de UTI Neonatal do município e da região. A ocupação das estruturas de neonatologia do SUS Municipal está alta há dias.
“Os dados são extremamente preocupantes, pois o Município não consegue absorver uma demanda tão alta da região”, disse Zambon.
O município conta com 34 leitos de UTI conveniados, sendo 22 na Maternidade de Campinas e 12 na PUC. Além disso, há 21 leitos de unidade semi-intensiva (17 na Maternidade e quatro na PUC).
A UTI Neonatal e os leitos de semi-intensiva são para crianças com até 28 dias que nasceram prematuras ou com doenças graves. Campinas não envia pacientes para outras cidades e os leitos são dimensionados para atender a demanda do município.