O Hospital Maternidade de Campinas foi obrigado a suspender, a partir desta segunda-feira (28), o agendamento de novas cirurgias eletivas do Sistema Único de Saúde (SUS) no Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia. O transtorno é decorrente do arrombamento, neste final de semana, do espaço dedicado a este serviço. Após a invasão, houve o furto de equipamentos e materiais essenciais para os funcionários.
Por mês, o ambulatório realiza cerca de 640 consultas e agenda entre 80 e 100 cirurgias ginecológicas, também mensais, para pacientes do SUS.
O ambulatório, que fica na Avenida Francisco Glicério, esquina com a Rua Engenheiro Saturnino Braga, atrás do prédio do Hospital), no Centro, é especializado em cirurgia ginecológica, mastologia, patologia do trato genital inferior e pré-natal de alto risco, com assistência exclusiva às pacientes do SUS. Ali são realizados os agendamentos das cirurgias ginecológicas eletivas, assim como os “testes do pezinho”, nos recém-nascidos, por exemplo.
Foram furtados computadores, impressoras e monitores essenciais para a assistências aos pacientes. Foram levados ainda microondas e diversos materiais, inclusive carimbos dos profissionais da saúde.
“Como estamos em grande dificuldade financeira, não temos como repor os itens roubados. Desta forma, a população será prejudicada até contabilizarmos as perdas e danos, repará-los e acertarmos esse fluxo com a Secretaria Municipal de Saúde”, explica o presidente do Hospital Maternidade de Campinas, Marcos Miele.
Ele fez um apelo às empresas e à comunidade, em geral, para que contribuam com doações financeiras ou de equipamentos, principalmente de computadores e impressoras, para que o HMC possa retomar a assistência o mais breve possível.
O arrombamento e o furto foram descobertos às 7h deste domingo, 27 de novembro, pela equipe da limpeza.
Os ladrões cortaram a cerca elétrica e acessaram o imóvel pelo muro. A porta foi arrombada. No ambulatório, os ladrões reviraram armários e gavetas e levaram equipamentos e materiais de uso exclusivo dos funcionários. A Polícia Miliar (PM) foi acionada e registrou-se Boletim de Ocorrência no 1º Distrito Policial de Campinas para permitir a abertura do processo de investigação.