O jovem meia Matheus Anjos, de 23 anos, e o experiente centroavante Pedro Júnior, de 35 anos, ainda não conseguiram mostrar a que vieram com a camisa da Ponte Preta. Mesmo com oportunidades para apresentar futebol e tentar convencer, os dois jogadores voltaram a desafiar a paciência do torcedor pontepretano no empate em 0 a 0 com a Chapecoense, em duelo disputado na última terça-feira (24), no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.
Presente em cinco dos nove jogos da Macaca na Série B, escalado como titular quatro vezes na competição, Matheus Anjos mais uma vez deixou a desejar na missão de encontrar espaços e promover criatividade no meio-campo da equipe alvinegra, apresentando muita lentidão e falta de imposição física.
Contratado em setembro do ano passado como um dos reforços da equipe para a reta final da Série B, Matheus Anjos não soma nenhum gol nem assistência em 19 partidas com a camisa da Ponte Preta, contando a partir de outubro, quando ganhou a primeira oportunidade com o então técnico Gilson Kleina, entrando nos minutos finais da derrota por 3 a 2 para o Náutico, no jogo da volta ao público ao Majestoso.
No segundo tempo contra a Chape, após mais equívocos e falta de efetividade nos lances, Matheus Anjos acabou sacado de campo na primeira substituição feita pelo técnico Hélio dos Anjos na partida, dando lugar ao atacante Luiz Fernando, que entrou muito bem.
“O Luiz Fernando teve uma situação de quase sair do clube, mas há 20 dias tive uma conversa com ele sobre a carreira e reagiu bem”, revelou o técnico Hélio dos Anjos, em entrevista coletiva concedida após o empate sem gols com a Chapecoense.
Logo em sua primeira jogada, Luiz Fernando não se intimidou, partiu para cima e descolou belo cruzamento pelo lado direito, fora do alcance da defesa da equipe catarinense. Pedro Júnior matou a bola, mas isolou e desperdiçou a chance de marcar o seu primeiro gol pela Ponte Preta.
Antes disso, no primeiro minuto da segunda etapa, o camisa 11 havia tido outra grande chance de balançar as redes dentro da pequena área, mas não aproveitou, parando no goleiro Vagner.
Ao todo, desde que chegou ao Majestoso no início desta temporada, Pedro Júnior disputou 11 jogos com a camisa da Ponte Preta, sendo nove como titular, mas ainda não balançou as redes.
Diante da falta de um camisa 10 e um parceiro de ataque à altura para o artilheiro Lucca, a Ponte Preta deve recorrer ao mercado para suprir as carências da equipe, especialmente no setor de criação do meio-campo.
Dona do pior ataque da Série B, a Ponte Preta marcou apenas quatro gols na competição e passou em branco em 60% das partidas na temporada. O atacante Lucca é responsável por oito dos 14 gols da equipe em 2022, mas a equipe necessita de outros jogadores com faro de gol e poder de fogo.
“Nós temos necessidade no setor de criatividade. Eu gostei do Fessin contra a Chapecoense, ele foi importante, mas a gente vai atrás de mais opções. Precisamos criar novas situações ofensivas na equipe”, apontou Hélio dos Anjos.
“Agora, não podemos contratar alguém que esteja em outra equipe. E quem está sem clube neste momento é porque tem algum problema, então não podemos ter falta de qualidade. É pesquisar, achar o perfil e partir para cima de quem tem contrato para tentar fechar quando abrir a janela”, pediu Hélio dos Anjos. A janela de transferências internas do futebol brasileiro volta a abrir no dia 18 de julho.