Nesta terça-feira (8) às 18h, será inaugurada a exposição ‘Mais valor que valia’, da artista Maré Matos, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em Campinas. Na mostra, a artista transforma diferentes materiais em obras de arte que discutem a exploração dos recursos naturais e humanos.
Através das obras, a mineira denuncia a relação entre desenvolvimento e devastação, que assola o estado de Minas Gerais e o país. A exposição estimula ainda a reflexão sobre o alto custo ambiental do desenvolvimento.
“Falo de uma bagunça cognitiva que nos desvincula de valores fundamentais, como a preservação da natureza e proponho a conexão com recursos importantes como a sensibilidade e a atenção. Não é sobre mim, é sobre paradigmas que afetam a humanidade”, declara Maré Matos.
Para levar ao público uma nova experiência, a artista fará uma visita guiada com estudantes do ensino médio de escolas de Campinas. É uma oportunidade para fomentar o pensamento crítico.
Entre as 17 obras expostas, estão as discussões sobre a contaminação do Rio Doce por lama tóxica após rompimento das barragens em Mariana (MG) como ‘Mais nascimento que morte, Mais rio que resíduo, Mais montanha do que minério, Sertão Doce”. Já ‘Falar com estranhos’ são títulos de obras que exemplificam o jogo de palavras e conceitos abordados pela artista.
A mostra ainda tem o texto crítico de Ricardo Aleixo, poeta, artista, pesquisador de literatura e doutor em Letras pela UFMG. A coprodução da mostra é da Bendito Ofício e da Experimento Produções.
A mostra ‘Mais valor que valia’ é um fomento do Governo do Estado de São Paulo e Secretaria de Cultura e Economia Criativa, projeto aprovado no Programa de Ação Cultural (ProAC). A exposição foi contemplada no edital de circulação de exposição do PROAC 2022, que tem por finalidade apoiar financeiramente projetos que tenham por objeto a circulação de exposições de artes visuais a serem realizadas no Estado de São Paulo.
Sobre Maré de Matos
Maré de Matos é uma artista transdisciplinar. Natural de Vale do Rio Doce (MG), atualmente mora e trabalha em São Paulo.
Exercita o tensionamento entre subjetividade e objetividade; e defende o direito à emoção de populações retiradas do estatuto da humanidade. Especula conceitos como fronteira, justiça, verdade e dignidade na encruzilhada entre pensamento, imagem e palavra.
Fundou o selo Bendito Ofício (2010), por onde promove aproximações entre imagem-palavra-educação-vida.
SERVIÇO:
Exposição ‘Mais valor que valia’
Visitação: De 8 a 31 de agosto – Terça a sexta-feira: das 9 às 17h Sábado: das 9h às 15h (fechado aos domingos e feriados)
Local: MIS Campinas
Endereço: Rua Regente Feijó, 859 – Centro – Campinas
Entrada: gratuita
Classificação: livre