Há exatos 21 anos, Campinas chorava a morte do prefeito Antônio da Costa Santos, o Toninho. Ele foi assassinado na noite do dia 10 de setembro de 2001, logo após ter saído do Shopping Iguatemi. O caso foi esquecido pela Justiça, mas não pela cidade que ele amava e comandou durante pouco mais de oito meses. Neste sábado (10), às 17h, uma missa em sua homenagem será celebrada na Igreja Nossa Senhora Aparecida, no Jardim Proença, paróquia que Toninho frequentava.
O atual prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), foi o responsável por revitalizar, no ano passado, o monumento em homenagem a Toninho, no canteiro da Avenida Mackenzie. E neste ano, ele voltou a lembrar do prefeito.
“É importante a gente relembrar a história de pessoas que trabalharam e lutaram por Campinas. Reconhecer o passado e honrar uma história, como a do Toninho, é essencial”, declarou.
Para o presidente da Câmara de Campinas, José Carlos Silva, o Zé Carlos (PSB), Toninho faz falta não apenas como político, mas como ser humano e grande urbanista.
“Quando pensamos nos desafios que o Centro de nossa cidade enfrenta hoje, nos problemas que encontramos para revitalizar o coração de Campinas, é impossível não conjecturar que eles estariam há muito resolvidos se a vida de Toninho não tivesse sido tomada de maneira tão trágica naquele 10 de setembro de 2001”, comentou Zé Carlos.
O vereador Cecílio Santos, do PT, mesmo partido de Toninho, diz lamentar a forma como a Justiça conduziu as investigações do caso. “Não houve interesse das autoridades para investigar. Para nós, sem dúvida, foi crime político.”
Batalha na Justiça
O assassinato foi considerado prescrito pela Justiça no ano passado, ou seja, ele entra para a história por ter sido cometido por um autor desconhecido. A decisão revoltou a família de Toninho, que ainda batalha na Justiça. Em março deste ano, ela acionou a Organização dos Estados Americanos (OEA) para pedir a condenação do estado brasileiro por omissão nas investigações.
“Ainda estamos esperando a denúncia ser aceita. A decisão ocorre, normalmente, num prazo de seis meses”, esclarece o advogado da família, William Ceschi Filho.