O som do apito do trem marcou nesta sexta-feira a reinauguração do Museu Municipal da Estação Ferroviária de Valinhosl. Fechado desde março do ano passado, o conjunto ferroviário passou por uma ampla reforma e revitalização, incluindo o espaço do Acervo Municipal Fotógrafo Haroldo Ângelo Pazinatto. A reinauguração conciliou a história, a arte e a alegria pela preservação histórica da cidade.
A fita de descerramento foi cortada pela prefeita Capitã Lucimara que recebeu uma tesoura entregue pelo filho do último chefe da estação da cidade, José Roberto Eulálio, que vestia o quepe que pertenceu ao pai, o Seu Eulálio, como era reconhecido e está retratado num dos quadros na parede do museu. “É uma emoção enorme ver a reinauguração da estação”, confirmou ele.
A estação ferroviária de Valinhos completou na última quinta-feira (31) 150 anos de existência. O secretário da Cultura, Ricardo do Vale, destacou que o espaço tem que ser útil para a cidade e citou outros projetos culturais já traçados, como o Museu Escola, para crianças em visitas guiadas, o Estação Cultural, voltado para debates e eventos, e o Papo Filosófico, que prevê encontros com música.
Segundo o Condephaat, a Estação Ferroviária de Valinhos foi aberta em 1872, no primeiro trecho inaugurado pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, entre Jundiaí e Campinas, que permitiu maior escoamento da produção agrícola e o desbravamento de novas fronteiras cultiváveis no interior.
O conjunto é representativo da companhia ferroviária mais bem administrada e de vanguarda do Estado de São Paulo, e à qual é atribuído o pioneirismo na eletrificação ferroviária brasileira. O conjunto ferroviário potencializou o desenvolvimento de Valinhos, contribuindo para sua ocupação por imigrantes.
Ainda de acordo com o Condephaat, a arquitetura da Estação é exemplar na utilização do ferro na construção das gares ferroviárias, e o conjunto mantém diálogo arquitetônico com as demais estações pioneiras da Companhia, sendo constituído pelos seguintes elementos: prédio da Estação Ferroviária de Valinhos; prédio da primitiva Estação de Valinhos, posteriormente utilizado como Armazém da Companhia; e pela “Casa Número Um”.