Com o pagamento de parte dos salários atrasados dos jogadores, que adiaram a reapresentação pela incômoda situação, o elenco da Ponte Preta retomou as atividades na última terça-feira (8) e agora vive momento de preparação para o decisivo confronto direto contra o Tombense, que pode ditar o rumo da equipe na Série B.
O duelo acontece neste próximo sábado (11), às 18h, no estádio Estádio Antônio Guimarães de Almeida, em Tombos, cidade mineira localizada quase na fronteira com o estado do Rio de Janeiro. A delegação alvinegra viaja para Minas Gerais na tarde desta quinta-feira (9).
Apesar do momento complicado dentro e fora de campo, o treinador João Brigatti segue acreditando na reação da equipe alvinegra, que ainda não conseguiu vencer após cinco jogos sob o seu comando e já acumula 10 partidas sem vitória, sem marcar nenhum gol há quatro.
“É um momento extremamente difícil e complicado. É um conjunto de fatores em campo, fora também, situações que temos de tomar cuidado, que refletem em campo. Eu, como comandante, não vou jogar a toalha jamais”, afirmou Brigatti, em entrevista coletiva concedida logo após a derrota por 1 a 0 para o Avaí, no último sábado (3), em pleno estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.
A Ponte Preta possui o pior ataque da Série B, com apenas 20 gols marcados em 35 rodadas, média de uma bola na rede a cada 157 minutos. Esse é o segundo pior desempenho ofensivo da história da competição em toda a era dos pontos corridos (desde 2006), superando apenas o Brusque, que no ano passado tinha marcado 19 gols a esta mesma altura da competição. A equipe catarinense terminou rebaixada, na 18ª colocação, com 34 pontos e 21 gols.
Apesar dos números negativos, a Ponte Preta segue dependendo só de suas próprias forças para evitar o trágico rebaixamento à Série C. Beneficiada pela derrota da Chapecoense por 3 a 2 para o CRB, na última terça-feira (7), em Maceió, a Macaca fechou a 35ª rodada na 17ª colocação, com 35 pontos, a apenas um do Sampaio Corrêa (16º), que soma 36 e visita o Ituano (15º), com 37, na próxima rodada. Logo na sequência, aparece o Tombense (14º), também com 37 pontos, que é justamente o próximo adversário da Ponte.
Uma vitória em Tombos será suficiente não apenas para tirar a Ponte do Z4 como fazê-la subir duas posições, devido ao confronto direto entre Ituano e Sampaio Corrêa. “É pensar positivo e olhar para a frente. Não dá para ficar olhando para os outros times. Vamos ter de encarar de frente em Tombos e fazer o nosso papel”, pediu João Brigatti.
“Os jogadores não se empenharam? Não se esforçaram? É só pegar as estatísticas para ver que teve volume e dedicação [contra o Avaí]. Os jogadores estão se entregando ao máximo. Com esse espírito e um pouco mais de qualidade, dá para reverter a situação”, acredita o técnico pontepretano João Brigatti.
“Moralmente, se tivéssemos o mesmo rendimento dos jogos anteriores, estaríamos fadados à Série C. O que me deixa com pensamento positivo é a entrega que tiveram, a organização e os números, principalmente no segundo tempo. Tivemos mais de 20 finalizações. Faltou capricho no último terço para a bola entrar”, lamentou Brigatti, em referência às chances desperdiçadas no segundo tempo do duelo contra o Avaí, no último fim de semana, no Majestoso.
“A vontade que os jogadores demonstraram mostra que somos capazes de sair dessa situação. Eles saíram do vestiário, foram na minha sala para conversar e falaram que estão juntos e unidos para sair dessa. Dentro dessas situações, tem que ter dignidade. O que deixa um fio de esperança para nós é essa mobilização dos atletas”, destacou Brigatti.