No mesmo dia em que anuncia que 75% da população adulta do Brasil está imunizada com ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19, o Ministério da saúde informa que cerca de 8,5 milhões de pessoas estão atrasadas para tomar a segunda dose do imunizante.
Conforme os dados mais recentes do painel de vacinação do ministério, 53,2 milhões de pessoas tomaram a segunda dose. O número de atrasados corresponde a 16% dos brasileiros que completaram o ciclo.
Por outro lado, 120 milhões de brasileiros já receberam a primeira dose de vacinas contra a covid-19 – o número corresponde a 75% da população adulta no país. A expectativa da pasta é que, com a chegada de 131,4 milhões de doses em agosto e setembro, todos os brasileiros adultos estejam imunizados até o fim do próximo mês.
Na avaliação por estados, os que têm mais pessoas em atraso são, na ordem, São Paulo, com 1,69 milhão; Rio de Janeiro, com 1,06 milhão; e Minas Gerais, com 1,02 milhão.
Especialistas e autoridades do setor de saúde consideram fundamental a conclusão do ciclo vacinal, uma vez que apenas a primeira dose de imunizante não garante proteção adequada contra o vírus, especialmente com a disseminação da variante Delta. O ministério, inclusive, já avisou que pretende aplicar uma dose de reforço em idosos e grupos com doenças que comprometem o sistema imunológico.
Um estudo de feito por instituições de pesquisa e universidades inglesas, publicado no periódico científico New England Journal of Medicine no dia 12 deste mês, trata da eficácia de vacinas contra as variantes Alfa e Delta.
Segundo a publicação, a eficácia da vacina da AstraZeneca na variante Alfa foi de 48,7% com a primeira dose e de 74,5% com a segunda. Já, quando analisada a dinâmica do imunizante com a variante Delta, a eficácia foi de 30% com a primeira dose e de 67%, com a segunda.
Para a vacina da Pfizer/BioNTech, os índices de eficácia para a variante Alfa foram de 47,5% na primeira dose e de 93,7%, com a segunda. Nos casos de infecção com a variante Delta, os percentuais atingiram 35,6% com a primeira dose e 88%, com a segunda.
“Diferenças absolutas na eficácia das vacinas foram mais marcadas após a primeira dose. Essa conclusão vai ao encontro dos esforços para maximizar o avanço da vacinação com duas doses entre populações vulneráveis”, concluem os autores do estudo. (Da Agência Brasil)