O número de animais de companhia nos lares brasileiros cresceu 30% durante a pandemia, segundo a nova edição do Radar Pet – pesquisa da Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan), divulgada nexta-feira (23). A pesquisa apontou ainda que 23% dos tutores adquiriram seu primeiro pet durante esse período de isolamento provocado pelo novo coronavírus.
Segundo a pesquisa, a principal porta de entrada dos animais das famílias brasileiras é por meio da adoção, forte tendência no Brasil. A adoção de felinos foi superior, principalmente na região Norte, confirmando a tendência indicada pelo levantamento anterior de que os gatos futuramente serão os pets predominantes no Brasil.
Entre os felinos, 84% foram adotados e, entre os cães, 54% são frutos de adoção. Os animais adotados costumam estar na faixa etária mais jovem. Sobre o perfil de tutores que adotaram pets durante a pandemia, pessoas que moram sozinhas foram predominantes. A região Sul também apresenta maiores taxas de adoção. Mas entre os adotantes de gatos, casais sem filhos foram a maioria.
Veja alguns destaques da pesquisa:
Aumento em compras online e tempo com os pets:
Nas mudanças de hábitos de consumo e comportamento, as compras online e o desejo de aproveitar mais a companhia dos pets são os principais destaques. Cerca de 74% das pessoas fizeram mais compras por plataformas digitais e a maioria pretende manter esse hábito mesmo após a pandemia. Além disso, 73% conseguiu desfrutar mais tempo com os animais de companhia.
Maior cuidado com a saúde
O levantamento ainda indica que os tutores começaram a cuidar melhor dos animais e frequentar mais os veterinários. A maioria dos tutores de cães levaram os animais a alguma consulta veterinária durante a pandemia, sendo a maioria para prevenção ou aplicação de vacinas. Consultas à domicílio foram bem avaliadas pelos participantes da pesquisa, assim como compras online para produtos e medicamentos voltados para os pets.
Fortalecimento dos laços com os animais
O percentual de tutores que enxergam os animais como filhos ou membros da família aumentou, mostrando que o período também foi relevante para fortalecer os laços entre aqueles que permaneceram com seus animais. Também diminuiu o percentual de pessoas que enxergam os animais apenas como um bicho de estimação.
Digitalização do setor veterinário
Além do aumento das consultas online, os veterinários também aumentaram a presença nas redes sociais, se comunicando com clientes em pelo menos duas redes sociais. Outro ponto interessante é a compra de medicamentos online. Anteriormente, as compras eram voltadas majoritariamente por rações e acessórios. Mas a digitalização de pet shops e lojas do setor geraram confiança para outros produtos serem comercializados de forma digital.
Busca maior por informações
Os tutores também pesquisaram bastante sobre temas como contágio e transmissibilidade da Covid-19 em pets, leram sobre saúde animal e medicamentos na internet e assistiram vídeos e lives com temáticas voltadas para o bem-estar dos pets.
Aumento do abandono
Na contramão das altas de adoção, a pesquisa da Comac estima que cerca de 10 milhões de animais de companhia foram abandonados durante da pandemia. Cerca de 40% dos respondentes afirmaram que conhecem alguém que abandonou um pet neste período. Estima-se que isso tenha ocorrido em razão da perda de poder aquisitivo de grande parte da população.
Confira a pesquisa RADAR PET 2021 completa neste link. https://www.comacvet.org.br/mercado/