Ter um estilo de vida saudável, praticar exercícios físicos e manter uma alimentação equilibrada são fatores importantes para a saúde de todos os seres vivos. Mas, segundo especialistas, existe a hipótese de que aproximadamente 60% do nosso peso corporal esteja relacionado à genética e não às escolhas feitas. Com gatos e cães não é tão diferente.
Assim como os seres humanos, grande parte das características físicas e condições de saúde dos pets estão relacionadas ao DNA. O desafio de manter o peso corporal dos animais é diário e, inclusive, o tutor deve resistir à tentação de ceder à “carinha de pidão” do pet. Recentemente, um painel de debates reuniu profissionais renomados da medicina veterinária, incluindo o Professor Alex German, especialista em obesidade animal, da Universidade de Liverpool, e a Nutricionista de saúde pública Dra. Hilda Mulrooney, da Universidade Kingston.
Na mesa redonda, eles discutiram a necessidade dos médicos veterinários e dos tutores de olharem para um cenário além dos estereótipos da obesidade e aumentarem a atenção para fatores que podem influenciar o peso dos pets, como o ambiente, o comportamento e a biologia. Aproximadamente 59% dos cães e 52% dos gatos apresentam sobrepeso ou obesidade, uma das doenças que mais afetam pets atualmente.
Segundo especialistas da Mars, multinacional produtora de marcas conhecidas da nutrição animal, como Pedigree e Whiskas, a obesidade nos animais de estimação deve ser tratada como qualquer outra condição de saúde que possui um mecanismo mais complexo e que contempla uma base genética, sem a necessidade do tutor sentir culpa ou qualquer “sentimento de falha” perante o quadro desenvolvido pelo animal. Contudo, oferecer ao pet uma alimentação adequada, na quantidade certa, é extremamente importante. Isso vai garantir o balanço ideal de calorias e nutrientes para o pet.
O tutor deve garantir ao pet um estilo de vida e um ambiente saudável.
Mas a ideia de que a obesidade é o resultado apenas da falta de conhecimento, força de vontade ou falta de amor dos tutores para com seus pets não é verdadeira. As mudanças devem ser feitas sempre com o reforço positivo e com o suporte necessário para manter a qualidade de vida dos gatos e cães, seguindo as orientações do veterinário.
Neste sentido, levar o pet para check-ups regulares é outra medida essencial. O médico poderá identificar os fatores predisponentes e de risco, e prevenir ou identificar o excesso de peso, assim como indicar soluções específicas para o caso individual do pet. Exercícios físicos regulares e adequados são também fundamentais para o bem-estar do pet. Os tutores de cães podem levá-los para praticar exercícios externos, como caminhadas ou corridas de curta distância.
Já no caso de gatos, podem estimulá-los com brincadeiras que promovam a atividade do animal, como varinhas, bolinhas e enriquecimento ambiental. Além dos benefícios físicos em si, isso fortalece o vínculo com o pet. Para animais com excesso de peso, a intensidade e duração da atividade física deve ser sempre recomendada e acompanhada pelo veterinário.