Uma operação integrada pelas polícias Militar e Civil, realizada na manhã desta quinta-feira (21), no Conjunto de Favelas do Alemão, no Rio de Janeiro, deixou 18 mortes. O número de vítimas foi confirmado à noite pelas secretarias de Polícia Civil e Polícia Militar. São 16 suspeitos, um policial e uma moradora.
O soldado assassinado é o cabo Bruno De Paula, de 38 anos. A moradora é Letícia Marinho Sales, de 50 anos, atingida quando estava dentro do carro, ao lado do namorado. Em coletiva nesta noite, as Forças de Segurança do Estado informaram que barricadas instaladas pelos bandidos atrapalharam muito a ação da polícia.
Participaram da operação cerca de 400 policiais e equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, que utilizam quatro helicópteros e dez veículos blindados.
O porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Ivan Blaz, disse que a base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), na comunidade da Fazendinha, no Alemão, foi atacada por criminosos, que também derramaram óleo em via pública e atearam fogo em objetos. Nas redes sociais, moradores da região postaram vídeos e relatam intenso tiroteio. “Temos um confronto muito intenso ainda na região”, informam.
Segundo ele, a operação foi uma ação emergencial baseada em dados de inteligência para impedir a atuação dos criminosos em diferentes pontos do estado do Rio de Janeiro. A informação era de que ao menos 100 homens iriam se deslocar para a favela da Rocinha.
“Esses criminosos protagonizaram roubos a estabelecimentos comerciais, bancos em diferentes regiões, como ocorreu recentemente em Quatis, no sul fluminense, no Morro da Conceição em Niterói e também na Baixada Fluminense. Eles têm diversificado as suas ações para sustentar política expansionista e dar abrigo a marginais de outros estados aqui no Rio de Janeiro”, contou.
Operação se estendeu também às comunidades Juramento e Juramentinho, Flexal e Morro do Trem com policiais militares do 3º BPM (Méier), do 41º BPM (Irajá) e de outros batalhões do 2º Comando de Policiamento de Área, que inclui as zonas norte e oeste da capital.