A China “lutará até ao fim” para impedir que Taiwan declare a independência, garantiu neste domingo (12) o ministro da Defesa da China, à medida que crescem as tensões entre Pequim e Washington sobre o destino da ilha.
A declaração soa como uma resposta ao que, no dia anterior, o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, afirmou quando denunciou a atividade militar “provocadora e desestabilizadora” de Pequim perto de Taiwan.
A disputa verbal entre as duas superpotências ocorre num contexto de fortes tensões diplomáticas sobre a ilha autônoma e democrática, que Pequim considera parte integrante do seu território.
As incursões sem precedentes de aviões militares chineses na zona de defesa aérea de Taiwan fizeram subir a tensão nos últimos meses.
“Lutaremos a todo custo e lutaremos até ao fim. Esta é a única opção para a China”, disse Wei Fenghe em tom ofensivo durante o fórum de segurança Diálogo Shangri-La.
“Os que buscam a independência de Taiwan com o objetivo de dividir a China certamente não alcançarão seus objetivos”, disse o governante chinês, que acrescentou: “Ninguém deve subestimar a determinação e a capacidade das Forças Armadas da China de salvaguardar sua integridade territorial”.
Wei exortou Washington a “parar de denegrir e restringir a China, a deixar de interferir nos assuntos internos da China e de prejudicar os interesses da China”.
Mas Wei Fenghe também foi conciliador nas suas declarações, ao pedir uma relação “estável” entre a China e os EUA, que considerou ser “vital para a paz mundial”.
Durante o seu discurso no mesmo fórum, Austin denunciou no sábado a atividade militar “provocadora e desestabilizadora” da China perto de Taiwan, um dia após um aviso firme de Pequim.
Austin também enfatizou a importância de manter “linhas abertas de comunicação com as autoridades de defesa da China” para evitar erros de cálculo.
A China considera Taiwan, uma ilha com 24 milhões de habitantes, como uma das suas províncias históricas que pretende retomar à força, se necessário.