A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Rapina, na manhã desta quinta-feira (2), contra quadrilha especializada em roubos de cargas no Interior do estado. Foram cumpridos mandados em Campinas, Sumaré e Monte Mor. O nome da operação significa roubo praticado com violência.
Na operação, a PF prendeu oito suspeitos e foram apreendidos celulares e computadores, que serão analisados para dar continuidade às investigações.
A investigação, realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MPSP), durou cerca de um ano e meio e identificou ao menos nove roubos realizados pelos integrantes da organização criminosa entre julho de 2020 e março de 2022 na região de Campinas.
“Tem aumentado muito o número de roubos de carga, que é um crime com forte impacto social e econômico, porque implica encarecimento dos produtos, do transporte, do frete e do seguro. A região de Campinas é o epicentro do estado de São Paulo pela concentração de empresas e do mercado varejista e atacado e, por isso, tem sofrido muito com isso. A formação do grupo acelerou as investigações e trouxe esse resultado exitoso”, disse o delegado Edson Geraldo de Souza, chefe da Delegacia da PF em Campinas.
O delegado ressaltou que agora a PF está trabalhando para identificar quem são os integrantes das quadrilhas, qual a forma de operar e quais as empresas envolvidas nos atos criminosos. “A partir disso, então, pretendemos multiplicar as operações”, destacou.
De acordo com Battaus, a quadrilha é bem conhecida das autoridades policiais da região e, com base na análise pericial das cargas apreendidas, será possível saber quem são os receptadores.
“Eles abordam o motorista do caminhão no posto de combustível ou mesmo na estrada. Eles abordam o caminhoneiro, obrigam a encostar e tem outro caminhão para onde é feito o transbordo da carga. O destino são os receptadores que encomendam o roubo e para quem a carga é entregue rapidamente”, explicou.
“Os envolvidos, na medida de suas participações, responderão pelos crimes de organização criminosa (art. 2º, da Lei 12.850/2013) e roubo com emprego de arma de fogo (art. 157, §2º-A, I, do Código Penal), cujas penas somadas podem chegar a 24 (vinte e quatro) anos de reclusão”, reforçou a PF em comunicado.
*Com informações da Agência Brasil