A Polícia Civil investiga um policial militar e sua esposa por suspeita de agressões em Jaguariúna. Vídeos que circulam nas redes sociais registram o momento em que uma das vítimas foi enforcada e violentamente agredida pela mulher do PM. O caso aconteceu há uma semana. O Hora Campinas entrou em contato e aguarda um posicionamento do casal.
Segundo inquérito aberto na segunda-feira (19), o casal é investigado por lesão corporal, extorsão, injúria e possível crime de usura, que é a cobrança de taxas abusivas por meio de coerção.
As imagens das agressões circulam nas redes desde a semana passada. O PM, Silas José da Silva (8º Batalhão de Campinas), e a esposa Renata Silva prestaram depoimentos.
O casal tem pelo menos sete estabelecimentos comerciais em Jaguariúna, Campinas e grande São Paulo.
Segundo Boletim de Ocorrência, a mulher vítima da agressão estava em um parquinho próximo à residência com o filho, de 5 anos, quando o casal apareceu.
O menino chorava muito ao ver a mãe sendo agredida com tapas, socos e chutes por Renata. O menino ficou no colo do marido da agressora no tempo em que a mãe era agredida. A vítima tentava argumentar, mas foi agredida por pelo menos 30 minutos.
Segundo o BO, o motivo da agressão seria que a mulher adquiriu produtos da loja de Renata, e que teria atrasado o pagamento. Porém, segundo testemunhas, o casal cobrou valores maiores, como se fossem juros.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Erivan Vera Cruz, o PM e a esposa prestaram depoimento e o caso foi reportado à Corregedoria da Polícia Militar. À emissora EPTV, o Ministério Público (MP) informou que também investiga o caso, mas que a apuração está em segredo de justiça.
O casal também é autor de outra agressão, registrada por câmeras de segurança. Em um estabelecimento no bairro Florianópolis, no dia 17 de junho, Silas e a esposa teriam cobrado uma dívida do funcionário do local. As imagens mostram Silas agredindo violentamente o funcionário sem que o mesmo pudesse ter nenhuma reação.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) para informações sobre a conduta do PM Silas, mas até o momento não obtivemos resposta. Também entramos em contato com a agressora, mas não recebemos retorno até o momento.