Em jogo marcado pela estreia do técnico Pintado, com direito a pintura de voleio do atacante André e expulsão do volante Matheus Jesus, numa decisão contestável da arbitragem com ajuda do VAR, a Ponte Preta deixou escapar nos minutos finais uma vantagem de dois gols diferença conquistada com menos de 15 minutos de partida e chegou ao quarto jogo consecutivo sem vitória.
Diante de quatro mil torcedores, a Macaca empatou em 2 a 2 com o Vitória, em duelo disputado na noite deste domingo (30), no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, pelo encerramento da 20ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Com o resultado de igualdade, a Ponte chegou aos 23 pontos, aumentou de quatro para cinco a distância para a zona de rebaixamento, mas segue na 13ª colocação, bem longe do grupo de acesso – 12 pontos separam a equipe alvinegra do quarto colocado Vila Nova.
O jogo
O grande personagem do primeiro tempo foi o promissor volante Léo Naldi, novidade na escalação de Pintado após quase um mês sem aparecer na equipe titular, apesar de ter sido alvo de sondagens recentes de clubes da Série A, entre eles o Palmeiras.
O jovem jogador de 21 anos abriu o placar logo aos 8′, chegando por trás como elemento surpresa, com grande impulsão e cabeceando no alto, após cruzamento pela esquerda de Artur. O goleiro Lucas Arcanjo só ficou olhando. A Ponte Preta não balançava as redes havia três jogos. Léo Naldi, por sua vez, não marcava desde fevereiro, ainda durante a primeira fase da Série A2.
Menos de cinco minutos depois, aos 12′, o próprio Léo Naldi cruzou pela direita e André emendou um voleio espetacular para aumentar o placar e abrir a sua contagem particular no novo clube, em seu quarto jogo com a camisa alvinegra. O goleiro Lucas Arcanjo ainda encostou na bola, mas não conseguiu evitar o gol digno de placa. A Macaca não marcava dois gols numa mesma partida desde o dia 2 de maio, quando venceu pela primeira vez na atual edição da Série B, derrotando o Botafogo-SP por 2 a 0, no Majestoso.
Por muito pouco, ainda antes do intervalo, Léo Naldi não marcou o terceiro da equipe alvinegra, o seu segundo na partida, ao ser lançado em velocidade num contra-ataque e invadir a área sozinho, mas ele acabou chutando por cima. Nessa altura da partida, a Macaca jogava com um homem a menos e resistia há quase meia hora. Isso porque o volante Matheus Jesus havia sido expulso diretamente por causa de um carrinho por trás em Matheuzinho, aos 17′. Inicialmente, o árbitro havia mostrado o cartão amarelo, mas ele mudou a decisão e tirou o vermelho do bolso após chamada do VAR e revisão do lance na cabine à beira do campo.
No segundo tempo, o VAR entrou em ação novamente ao flagrar interceptação com o braço do zagueiro Edson dentro da área, recomendando ao árbitro análise para a marcação da penalidade máxima. O lance havia sido ignorado pela arbitragem de campo, mas não passou indiferente após consulta ao vídeo. Na cobrança, o atacante ex-pontepretano Léo Gamalho bateu rasteiro no canto direito do goleiro Caíque França, que pulou para o lado certo, mas não chegou a tempo.
Mesmo com um jogador a menos, a Ponte chegou a balançar as redes na etapa final, em um chute de longe cheio de curva de Maílton, mas o árbitro anulou o gol devido a um toque de mão do jogador na disputa de bola anterior à finalização.
Aproveitando os mais de 70 minutos com vantagem numérica em campo, os visitantes deixaram tudo igual aos 41′, em lance que começou com recuperação de bola no campo de ataque e terminou com gol do estreante Iury Castilho, que havia saído do banco de reservas. Ele pegou de primeira na entrada da área, após cruzamento rasteiro. O gol manteve um tabu de sete anos sem vitória pontepretana sobre o adversário baiano. Agora são 10 jogos, com seis derrotas e quatro empates.
Com pouco tempo de descanso e trabalho até o próximo compromisso, a Ponte Preta volta a campo contra o Criciúma na próxima quarta-feira (2), às 19h, no estádio Heriberto Hülse, em Santa Catarina, pela 21ª rodada da Série B.
FICHA TÉCNICA:
Ponte Preta (2): Caíque França; Weverton, Fábio Sanches, Edson (Thomás Kayck) e Artur; Léo Naldi (Everton), Matheus Jesus, Felipinho e Elvis (Samuel Andrade); Eliel (Maílton) e André (Paulo Baya). Técnico: Pintado.
Vitória (2): Lucas Arcanjo; Yan Souto, João Victor (Giovanni Augusto) e Wagner Leonardo; Railan (Zeca), Dudu (Iury Castilho), Gegê (José Hugo) e Marcelo (Wellington Nem); Mateus Gonçalves, Matheuzinho e Léo Gamalho. Técnico: Léo Condé.
Gols: Léo Naldi (PON), aos 8′, e André (PON), aos 12′ do 1º tempo; Léo Gamalho (VIT), de pênalti, aos 15′, e Iury Castilho, aos 41′ do 2º tempo.
Local: Estádio Moisés Lucarelli, Campinas (SP).
Público: 3.815 pagantes (4.287, no total).
Renda: R$ 51.795,00.
Juiz: Maguielson Lima Barbosa (DF).
Cartões amarelos: Caíque França e Elvis (PON); Dudu, Wellington Nem e Iury Castilho (VIT).
Cartão vermelho: Matheus Jesus (PON), aos 17′ do 1º tempo.