Mais do que o ponto conquistado na estreia do Campeonato Paulista, o técnico João Brigatti se mostrou satisfeito com a atuação e o comportamento da Ponte Preta no empate em 1 a 1 com o Mirassol, no último sábado (20), no estádio Moisés Lucarelli.
“Todos queríamos a vitória, mas é preciso fazer uma análise mais profunda. Não é reclamar do tempo, mas foi um período curto de preparação, com 15 dias de pré-temporada e atletas alternando entre departamento médico e treinamentos. Isso influencia na parte técnica e tática também. Além disso, pegamos o Mirassol, um time estruturado desde o ano passado e que acrescentou atletas de qualidade”, analisou o treinador.
Brigatti destacou, em especial, a primeira meia hora de partida, período em que a sua equipe teve superioridade e construiu vantagem no placar, com um golaço do atacante Jeh. A Macaca tomou o empate pouco antes do intervalo e acabou dominada na segunda etapa, mas conseguiu ao menos garantir o empate dentro de casa. “Queremos ver a Ponte dos 30 primeiros minutos, marcando forte, jogando junto e com as linhas próximas”, destacou Brigatti.
“Por tudo que aconteceu do início da preparação até a estreia, estou muito orgulhoso dos nossos atletas. Quando estivermos no ponto, com esse espírito guerreiro, dá para vislumbrar boas situações”, projeta Brigatti.
Entre os titulares, João Brigatti escalou apenas um dos novos reforços contratados pelo clube para a temporada de 2024: o atacante Iago Dias. No entanto, ele acabou sendo substituído com apenas 30 minutos de jogo, por motivo de lesão. “O Iago Dias teve uma entorse de tornozelo, começou tratamento e acredito que contra o Santos estará à disposição. O Renato chegou abaixo fisicamente, com dores no corpo todo, mas também contamos com ele em breve”, explicou o treinador da Ponte.
O comandante pontepretano também justificou a opção de não escalar o zagueiro boliviano Luís Haquin nem o lateral-esquerdo argentino Gabriel Risso. A recém-chegada dupla de estrangeiros ficou o tempo todo no banco de reservas.
“Quando você chega em um país, a adaptação requer um tempo. O futebol na Argentina e na Bolívia são diferentes do futebol brasileiro. O Gabriel [Risso] e o [Luís] Haquin pouco treinaram. Tiveram problemas de visto e precisaram ir três, quatro vezes para São Paulo, perdendo sessões de treinamento. Optei por deixá-los no banco, mas são atletas de qualidade, que vieram para jogar”, ponderou Brigatti.
O técnico da Macaca aguarda a chegada de mais reforços para a sequência do Campeonato Paulista. Nos próximos dias, o clube alvinegro deve anunciar a contratação do meia-atacante Dudu Scheit, que subiu para a Série B com o Operário no ano passado. Segundo o treinador, a negociação junto ao Athletico-PR, clube ao qual o atleta pertence, já está concluída.
“O Dudu chegou, vai qualificar o nosso elenco. A gente está trabalhando com a diretoria. Precisamos de duas ou três peças ainda. Estamos correndo, o mercado está inflacionado, mas aos poucos vamos estruturando para fazer uma Ponte forte, podem ter certeza. Precisamos de um poderio de ataque maior”, disse Brigatti.