Grande vencedora do Dérbi 199 contra o Guarani, mas ainda em situação complicada no Campeonato Paulista, a Ponte Preta deixou o campo do Moisés Lucarelli com um sentimento de redenção após a vitória por 3 a 1 conquistada na noite da última quarta-feira (5).
Mesmo sob a pressão pelos maus resultados e a ameaça da queda do tabu de 12 anos sem derrota em casa para o maior rival, a Macaca soube deixar de lado os recentes acontecimentos negativos para encarar o Dérbi como um campeonato à parte, com imenso poder de transformação.
“Jogar um clássico vindo de três derrotas é muito difícil em termos emocionais e psicológicos, então realmente precisamos valorizar muito essa vitória. Mais do que todos do lado de fora, a gente se cobra bastante para poder melhorar. É lógico que ganhar um clássico, pela importância que tem, nos anima bastante”, analisou o auxiliar técnico Sandro Forner, que comandou a equipe à beira do campo, em entrevista coletiva concedida logo após o importante triunfo no Dérbi.
“É lógico que ganhar um clássico, pela importância que tem, nos anima bastante”, disse Sandro Forner
Apesar da ausência de Fabinho Moreno na área técnica, Sandro Forner aproveitou para enaltecer o trabalho do treinador e atribuir a ele o resultado positivo no Dérbi. “Eu seria leviano e aproveitador se viesse aqui, depois de uma vitória, desvalorizar o trabalho do Fabinho. Se estou aqui é porque ele confiou em mim para ajudar. A comissão trabalha junto, mas o mérito é todo do treinador, então queria parabenizá-lo por mais esse resultado no Dérbi”, afirmou Forner. Sob o comando de Moreno, a Ponte Preta ainda não perdeu para o Guarani. Na Série B, foram uma vitória por 2 a 0 no Majestoso e um empate por 1 a 1 no Brinco de Ouro.
Além de consolidar a excelente fase do atacante Moisés, que participou de incríveis 11 dos 16 gols da Ponte Preta na temporada, o Dérbi 199 também serviu para tirar um grande peso das costas de Paulo Sérgio, que marcou o seu primeiro gol com a camisa alvinegra a partir da marca da cal. “A gente treina pênaltis quase todos os dias. O Fabinho sempre deixa duas ou três opções para que bata aquele jogador que estiver se sentindo melhor no momento. O Paulo Sérgio realmente vinha de uma fase em que as coisas não estavam acontecendo, mas nunca deixou de treinar. O Fábio tem conversado com ele diariamente, dando confiança”, revelou Sandro Forner.
“Não vamos parar o trabalho porque ganhamos esse jogo. Vamos continuar trabalhando e ver onde erramos para continuar procurando melhorar”, concluiu Forner.
Sem ignorar os erros que deixaram a equipe em situação delicada no Paulistão, dependendo de dois tropeços da Ferroviária para se classificar, a Ponte Preta espera escrever uma nova história na temporada a partir do Dérbi. “As nossas derrotas anteriores não são apagadas pelo clássico. Alguns resultados não vêm por algum motivo ou por algumas situações, mas nunca faltou luta dos jogadores. A rotina desse jogo foi a mesma dos outros, com a mesma preparação e empenho. Em todos os jogos, a gente procura sempre fazer o melhor, mas muitas vezes as coisas não acontecem, mas é lógico que, em um Dérbi, elas têm um peso diferente. A gente sabe como é que funciona, pois é um clássico, um jogo importante que mexe com a cidade e a nossa torcida”, disse Forner.