Equipe do interior paulista há mais tempo na elite estadual, sendo a única presente em todas as edições do Campeonato Paulista desde o início deste século, com 23 anos de participações ininterruptas, a Ponte Preta flerta pelo terceiro ano consecutivo com o rebaixamento à Série A2.
Com a derrota sofrida para o Botafogo por 1 a 0 na noite da última-quarta-feira (17), no Moisés Lucarelli, que representou o segundo revés consecutivo dentro do Moisés Lucarelli e o quarto em sete jogos neste Paulistão, a Macaca chegará ao Dérbi contra o Guarani em situação preocupante tanto em termos de futebol quanto de pontuação, semelhante ao que aconteceu nos dois últimos torneios estaduais.
Bastante pressionado pela falta de resultados e más atuações de sua equipe, o técnico Gilson Kleina vive uma situação muito semelhante ao que aconteceu em 2020, quando foi demitido da Ponte Preta no dia 18 de fevereiro, portanto há exatamente dois anos, após derrota por 1 a 0 para o Ituano no dia anterior, no Novelli Júnior, pela 6ª rodada do Paulistão. O técnico João Brigatti assumiu o comando e resgatou a equipe depois da paralisação do Paulistão, evitando o descenso com duas vitórias nas duas rodadas finais.
Em 2020, assim como agora, a Macaca tinha sete pontos conquistados após sete partidas e permaneceu com essa pontuação até a 10ª rodada, quando chegou ao Dérbi 196 com duas derrotas seguidas e ainda perdeu por 3 a 2 de virada para o Guarani, em um Brinco de Ouro com portões fechados em razão da chegada da pandemia de Covid-19 a Campinas. Na retomada do Paulistão após uma paralisação de quatro meses, a Macaca venceu Novorizontino e Mirassol, salvando-se da degola com 13 pontos, que ainda foram suficientes para a classificação às quartas de final.
No ano passado, sob o comando do técnico Fabinho Moreno durante todo o campeonato, a Ponte Preta também terminou a primeira fase do Paulistão com 13 pontos, graças à vitória por 3 a 1 sobre o Guarani, com dois gols de Moisés, no Majestoso, pela penúltima rodada, eliminando as chances de rebaixamento. No entanto, a Macaca havia chegado àquele Dérbi 199 com três derrotas consecutivas, sendo duas dentro de casa.
Neste próximo sábado (19), a Ponte Preta terá pela frente o Dérbi 202 contra o também ameaçado Guarani, no Brinco de Ouro. “A gente sabe que o Dérbi é um jogo especial e totalmente diferente, um campeonato à parte que nossa torcida avalia com muita grandeza. Eu vou passar confiança para os atletas e quero que o nosso torcedor apoie. Se tiver que cobrar, cobrem a mim, porque é um grupo que está sendo formado e tem grandes jogadores”, disse o técnico Gilson Kleina.
“Nós temos que nos preocupar em melhorar. Ao meu ver, nós fizemos um jogo que até evoluiu contra o Botafogo, mas infelizmente não criamos várias oportunidades. Ficamos com a posse e tentamos fazer as infiltrações, mas era nítido que o adversário veio para jogar por uma bola. Eu falei para os jogadores sobre a importância de sair na frente para poder mudar a estrutura e o comportamento do adversário, mas o futebol nos pregou outra situação. Eles encaixaram uma jogada, saíram na frente e colocaram a linha ainda mais baixa. Nós conseguimos trabalhar até a intermediária, mas não conseguimos entrar no último terço para tentar finalizar. Estavam bloqueando bem a entrada da área”, analisou o técnico Gilson Kleina, logo após a derrota para o Botafogo, no Majestoso, que deixou o treinador em maus lençóis.
“É chamar a responsabilidade e trazer essa pressão para mim, pois nossos atletas estão trabalhando pra caramba. A diretoria está dando todo o apoio e não está medindo esforços para dar o melhor para nós. Eu sei que o torcedor está chateado, assim como também estamos muito decepcionados com esses dois resultados dentro de casa. Não é isso que nós queríamos, mas vamos vamos reverter e sair dessa situação. É falar para o nosso torcedor estar com a gente até o final. Apoiem esses atletas para gente poder reagir o mais rápido possível”, pediu Gilson Kleina.