“Popecast” é o nome do podcast em que o papa Francisco conta sua história de dez anos como chefe da Igreja Católica, celebrados nesta segunda-feira (13). “Eu não pensava que seria o Papa na época da Terceira Guerra Mundial”. “O momento mais bonito? O encontro com os idosos em São Pedro”. O que eu não queria ter visto eram os meninos que morreram nos conflitos”. Essas foram algumas das considerações feitas pelo pontífice no podcast produzido pela equipe de mídia do Vatican News.
“Santa Marta, no final da tarde. Esta não é uma entrevista, já existem muitas sobre este evento. São pensamentos que amarram o fio de um intenso período eclesial, seu pontificado. Dez anos: vividos em “tensão”, diz ele, em um tempo maior que o espaço e que viu o suceder de encontros, viagens, rostos”, apresenta o Vaticano sobre a produção.
“A primeira palavra que me vem à cabeça é que parece que foi ontem”, diz o papa Francisco ao ser indagado sobre sua escolha para comandar a igreja. “Um podcast? O que é isso?”. “Boa, vamos fazer isso”, é a reação após a explicação. Então a pergunta: o que ele sente que está compartilhando com o mundo por ocasião deste marco para sua vida e seu ministério?
Das milhares de audiências, das centenas de visitas a dioceses e paróquias e das quarenta viagens apostólicas a cada canto do globo, o Papa guarda uma memória precisa em seu coração. Ele a identifica como “o momento mais bonito”: “O encontro na Praça de São Pedro com idosos”, a audiência, ou seja, com avós de todo o mundo em 28 de setembro de 2014.
“Os idosos são sábios e me ajudam muito. Eu também sou idoso, não sou?”, disse ele.
Houve vários momentos ruins e todos relacionados com o horror da guerra. Primeiro as visitas aos cemitérios militares de Redipuglia e Anzio, a comemoração dos desembarques na Normandia, depois a vigília para evitar a guerra na Síria, e agora a barbárie que vem ocorrendo há mais de um ano na Ucrânia. Por trás das guerras está a indústria de armas, isto é diabólico”, afirma Francisco.
Francisco não esperava que ele, um bispo que veio do fim do mundo, fosse o Papa que guiaria a Igreja universal no tempo da Terceira Guerra Mundial. Eu pensava que a Síria era uma coisa singular, depois vieram os outros”. “Sofro muito ao ver os mortos, jovens – sejam russos ou ucranianos, não me importa – pois eles não voltarão. É difícil.”
Jorge Mario Bergoglio não tem dúvidas, portanto, sobre o que pedir ao mundo como um presente para este importante aniversário: “Paz, precisamos de paz”.
Assim, três palavras que correspondem aos “três sonhos” do Papa para a Igreja, para o mundo e para aqueles que governam o mundo, para a humanidade: Fraternidade, lágrimas, sorriso…
Para ouvir o popecast, acesse aqui