Ainda que a vacinação esteja avançada, países como Portugal, França e EUA assistem a uma explosão de casos do novo cornavírus. Alimentando essa nova onda da pandemia está a variante Ômicron, mas sobretudo a Delta. Portugal, por exemplo, está classificado na pior categoria de risco da Covid-19 pelo Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças ECDC) – vermelho-escuro –, após os Açores terem aumentado as notificações e os casos positivos.
Na atualização semanal do ECDC divulgada nesta quinta-feira, Portugal continental, Madeira e Açores surgem na pior categoria do sistema de ‘semáforos’, que indica risco muito elevado, referente a regiões onde o vírus SARS-CoV-2, que causa a Covid-19, tem grande disseminação. Na semana passada, os Açores estavam classificados no nível laranja.
No mapa do ECDC sobre viagens na União Europeia, só a Roménia (laranja) é exceção ao vermelho e vermelho-escuro, estando mesmo uma parte do país identificada a verde, sendo que é o país com menor taxa de notificações.
As cores do mapa do ECDC representam uma combinação das taxas de notificação de casos de Covid-19 nos últimos 14 dias, número de testes realizados e total de positivos.
A Covid-19 provocou mais de 5,41 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.921 pessoas e foram contabilizados 1.330.158 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
Na França, nas últimas 24h, houve um relato de 179 mil novos casos. A preocupação é grande às vésperas do Réveillon, já que milhares de turistas viagam à Paris para passar a data, incluindo muitos brasileiros. Os EUA, por sua vez, registraram, desde o início da pandemia, a maior média diária de novos casos da doença, incríveis 441 mil infectados. A Ômicron explica essa avalanche. O impacto no sistema de saúde já é grande, com alta de internações e mortes.
No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson, tem apelado para que a população tome a dose de reforço, já que 90% dos casos de internação é justamente daqueles que ainda não tomaram o imunizante adicional. De acordo com os especialistas, por enquanto, é possível afirmar que a variante Ômicron é menos letal, embora mais contagiosa.
(Agência Lusa News e Hora Campinas)