Um homem foi preso na manhã desta sexta-feira (15) depois de confessar ter matado o historiador formado pela Unicamp Gilberto Pereira Schneiker, de 31 anos, no último final de semana.
A Polícia Civil informou que localizou o homem após uma denúncia. Encaminhado à Divisão de Investigações Criminais de Campinas (DEIC), ele admitiu ser o autor do crime e teria contado aos policiais detalhes da ação.
O corpo de Gilberto foi encontrado às margens do córrego da Vila Mingone na manhã de domingo (10). Pedras com marcas de sangue também foram percebidas no local. Familiares e amigos suspeitam ser caso de homofobia. A Polícia Civil prossegue as investigações.
Réu em caso de assassinato brutal
De acordo com o delegado Rui Pegolo, o autor confesso do crime foi identificado como Caíque e já é réu no caso do assassinato de um idoso em setembro de 2021. Adelino Soares Pereira, de 61 anos, morreu por traumatismo craniano após receber mais de 20 golpes de bengala na cabeça.
Segundo o delegado, Caíque disse que conheceu Gilberto no sábado (9) à noite em um bar, onde ambos, embriagados, haviam se desentendido. Depois, os dois se encontraram próximo à Lagoa da Vila Mingone, local do crime. Caíque afirmou, de acordo com a polícia, que não apedrejou a vítima, só a agrediu com chutes. O corpo, no entanto, foi identificado com lesão na lateral da cabeça, orelha rasgada, além de ferimentos na testa e nos olhos.
“As circunstâncias do crime ainda serão investigadas. A expectativa é de que em 30 dias tenhamos uma resposta definitiva. Por enquanto, o Caíque ficará preso temporariamente”, afirmou o delegado.
Manifestação
Amigos e parentes da vítima organizam uma manifestação para este sábado (16) em protesto pela morte de Gilberto. A concentração acontecerá na Estação Cultura, a partir das 15h. “Conhecido como Gil (ou Preto), Gilberto Pereira Schneiker, esse jovem de somente 31 anos, foi brutalmente assassinado com motes de homofobia e racismo”, expõe comunicado nas redes sociais. “Reivindicamos retorno da justiça”, completa.