É baixa a procura pela vacina contra a Covid-19 entre as mulheres grávidas e as puérperas – cujo parto ocorreu há até 45 dia. A secretaria de Saúde estima que esse público alvo compreenda dez mil pessoas, mas até a manhã desta quarta-feira (9), somente 3.026 tinham feito o agendamento. A estimativa leva em consideração a média de mil nascimentos mensais.
As grávidas e puérperas em Campinas estão sendo imunizadas com a vacina da Pfizer que, segundo o médico, é segura. “Elas devem agendar a vacinação e se imunizar, além de adotar as medidas de distanciamento e sanitárias como o uso de máscara e álcool em gel”, afirma o ginecologista e obstetra André Pampanini Melo, coordenador municipal do Comitê de Mortalidade Materno Infantil e Fetal de Campinas.
Melo lembra que a gestação induz o organismo a um estado mais suscetível às infecções virais e, portanto, mais suscetíveis à Covid-19. “Estudos comparando o comportamento da Covid em mulheres no ciclo gravídico puerperal com mulheres não grávidas apontam que as gestantes apresentam maior risco de desenvolver quadros graves da doença. Elas têm risco maior de internação, de intubação, de parto antecipado e operatório, de associação de hipertensão na gestação e maior risco para casos graves que levam à morte a gestante e o bebê”, afirma.
Uma análise dos dados públicos no sistema de notificação, cita o médico, mostra aumento importante da mortalidade materna no País por Covid-19. Em 2020, foram 10 mortes maternas por semana e, em 2021, foram 38. “A mortalidade materna semanal aumentou 283% enquanto a da população em geral teve um aumento de 105%, o que confirma dados mundiais de que gestantes são grupo de maior risco para intubação, internação em UTI e óbito”, afirma.
O agendamento deve ser feito no site: https://vacina.campinas.sp.gov.br/vacinas/covid-19. No dia marcado, além de documento com foto, comprovantes de endereço e do agendamento, as grávidas deverão apresentar o cartão do pré-natal e as puérperas, a certidão de nascimento do bebê.