O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, agradeceu nesta segunda-feira (26) ao povo russo “pelo seu patriotismo” durante a rebelião do último fim de semana e propôs aos mercenários do Grupo Wagner que se juntem ao exército ou que partam para a Bielorrússia.
Numa declaração de cerca de quatro minutos, a primeira desde a conclusão da “marcha sobre Moscou” da Wagner no sábado, Putin referiu que durante a rebelião armada deu ordens “para que fosse evitado derramamento de sangue”.
Putin afirmou ainda que “toda a chantagem […] está fadada ao fracasso” e acusou a Ucrânia e o Ocidente de quererem “que os russos se matassem uns aos outros”, num “desfecho fratricida”.
Os mercenários do Grupo Wagner realizaram uma rebelião armada de 24 horas, liderada por Yevgeny Prigozhin, no fim de semana, durante a qual tomaram a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e avançaram até 200 quilômetros de Moscou.
A rebelião terminou com um acordo mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que, segundo o Kremlin, estabelece que Prigozhin fique exilado na Bielorrússia, em troca de imunidade para si e para os seus mercenários.
Prigozhin justificou a “rebelião” do grupo com a necessidade de “salvar” a organização, rejeitando ter tentando um golpe de Estado e adiantando que 30 dos seus mercenários morreram em confrontos com militares russos.