O índice de energia fraudada em Campinas e região sofreu queda significativa na comparação com o ano passado. De janeiro a agosto deste ano, a CPFL Paulista identificou e regularizou 6.483 ligações clandestinas de energia elétrica em 33 cidades na região de Campinas. O número foi 21% menor que o mesmo período de 2021, quando a empresa encontrou 8.227 fraudes.
Na região, entre as cidades com mais fraudes encontradas nos oito primeiros meses do ano, Campinas lidera o ranking com 3.263 ocorrências, seguido por Piracicaba (1.091) e Hortolândia (524).
A redução dos chamados “gatos”, justifica a empresa, é resultado de investimentos para impedir a reincidência dos casos. Entre as ações da companhia para minimizar os impactos do furto de energia, está a instalação de caixas blindadas que permitem apenas o acesso de técnicos da CPFL. Elas possuem medidores inteligentes, com o consumo lido de maneira digital, à distância. Assim, a empresa também diminui o número de inspeções necessárias e, por consequência, de regularização.
Além das caixas blindadas, inteligência artificial e sistemas com geração de alarmes para direcionamento de inspeções resultam em maior assertividade do trabalho de monitoramento e análise. Com esses recursos, a companhia consegue preventivamente identificar possíveis variações no consumo de energia que indiquem perdas comerciais. Além dos investimentos em processos, o grupo também trabalha em conjunto com os órgãos públicos e as autoridades policiais para coibir a prática de fraudes e furtos.
Para os projetos de blindagem, medição e regularização de clientes clandestinos, a CPFL Paulista prevê um investimento de mais de R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos, o maior valor voltado para ações contra furtos e fraudes realizado pela concessionária.
“Estamos felizes por ver que a estratégia está surtindo resultados. O resultado é fruto de uma estratégia de longo prazo e faz parte do trabalho contínuo da empresa, com investimentos em novas tecnologias, treinamento de equipes e processo de monitoramento e análise”, reforça Victor Rios Silva, gerente de Recuperação de Energia da CPFL,
Crime
Ligação clandestina, conhecida por “gato”, é crime e pode trazer riscos à segurança das pessoas, além de prejudicar diretamente a população com instabilidade no fornecimento de energia. A pessoa que for flagrada cometendo a irregularidade terá cobrados os valores retroativos referentes ao período em que deixou de pagar pelo fornecimento.
As irregularidades também podem deixar a conta de luz mais cara para todos os consumidores, já que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) reconhece a ação como uma “perda comercial”, e parte deste valor compõe a tarifa de energia. Outra consequência das fraudes e furtos é a piora na qualidade do serviço de distribuição de energia, uma vez que as ligações clandestinas sobrecarregam as redes elétricas.
Dados da CPFL Paulista
Em todas as cidades atendidas pela CPFL Paulista (234 municípios), a empresa identificou 15.785 fraudes em 2022, 19,9% menos que no mesmo período de 2021, quando foram