De volta aos gramados no empate por 1 a 1 com o CRB, no último domingo (1º), quando entrou no início do segundo tempo para recompor a defesa após a expulsão de Cleylton, o experiente zagueiro Rayan, de 32 anos, espera ganhar a sua primeira oportunidade como titular com o técnico Gilson Kleina.
Com o desfalque confirmado de Cleylton por suspensão, além da dúvida sobre Ednei, com dores na coxa esquerda, Rayan deve formar dupla de zaga ao lado de Fábio Sanches na partida diante do Botafogo, neste próximo domingo (8), às 20h30, no Rio de Janeiro. Curiosamente, o último jogo em que Rayan atuou como titular foi justamente contra o Botafogo, mas o de Ribeirão Preto, em meados de maio, pela disputa do Troféu do Interior. O técnico ainda era Fabinho Moreno.
“Eu me senti muito bem na minha volta, sem nenhuma dor. Não sei se vou ganhar a vaga de titular, mas se for o escolhido, ficarei muito feliz. Acredito que temos bons zagueiros e o importante é o melhor que cada um vai fazer. O time vem fazendo um bom trabalho e está em uma sequência boa. Se a gente conseguir uma vitória fora de casa, isso soma alguns pontos para a gente, ainda mais para mim, que estou voltando”, disse Rayan, em entrevista coletiva concedida na última quinta-feira (5).
Com presença constante no estaleiro desde que foi contratado pela Ponte Preta, em junho do ano passado, Rayan estava há mais de dois meses fora de combate por conta de uma lesão no músculo posterior da coxa esquerda. No ano passado, ele sofreu duas fraturas faciais que o afastaram por longos períodos, seguido de outro problema muscular na coxa.
“O meu histórico é bem baixo de lesões, por isso tentei procurar o por quê de tudo isso e existem vários fatores”, diz Rayan
“O departamento médico da Ponte fez um bom trabalho e preferiu me deixar um tempo maior fora para que eu pudesse me recuperar bem, já que estava vindo de várias lesões seguidas. As fraturas não foram leves e acabam mudando um pouco a estrutura do corpo. Eu procurei alternativas na osteopatia, até por indicação dos nossos fisioterapeutas, e também fazia praticamente três períodos em uma academia, o que me ajudou na minha recuperação. Mas eu já zerei tudo isso e volto 100% para poder ajudar a Ponte”, revela Rayan.
“Era difícil assistir aos jogos dentro de casa. A gente fica muito mais nervoso do que dentro de campo. É claro que eu vinha acompanhando os treinos e via um pouco da nossa dificuldade, mas creio que a gente tem evoluído nesses últimos jogos e melhorado o nosso sistema defensivo. É o primeiro passo para poder recuperar esses pontos que a gente perdeu no primeiro turno”, analisou Rayan.
Pendências salariais
Nesta sexta-feira (6), a Ponte Preta acertou o pagamento dos salários atrasados do elenco referente ao mês de junho. No entanto, o clube ainda deve os direitos de imagem de junho e julho. Questionado sobre as pendências salariais, Rayan minimizou interferência no trabalho da equipe e garantiu foco total na partida diante do Botafogo. “Isso é algo que existe no futebol, ainda mais pela situação que todos os clubes estão passando. A situação da Covid acaba atrapalhando um pouco, mas a gente está totalmente focado no campeonato. Temos confiança total na diretoria para eles honrarem com os compromissos. Querendo ou não, também estamos devendo e temos que buscar mais dentro de campo”, disse Rayan.
Na expectativa da regularização da situação financeira, Rayan também espera que a equipe entre nos eixos dentro de campo. “A gente já está começando a entender melhor o que o professor quer para podermos dar sequência no campeonato. Agora só estamos pensando na vitória contra o Botafogo, que também vem de uma sequência boa. Sabemos que vamos jogar fora de casa, mas temos que implantar o nosso jogo e construir boas jogadas para fazer um bom jogo e alcançar esses três pontos que estão fazendo falta para gente”, concluiu Rayan.