A Prefeitura de Campinas informou que a Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar depositou nesta sexta-feira, 20 de outubro, R$ 1,46 milhão na conta das empresas que prestam serviços nas unidades de pronto atendimento e nos dois hospitais municipais.
Com o recurso em conta, salienta a Administração, “elas já podem efetuar o pagamento da diferença salarial, em relação ao piso nacional da enfermagem, aos técnicos de enfermagem, que estão em greve desde terça-feira, 17 de outubro.”
O valor corresponde, de acordo com a Prefeitura, à complementação salarial de maio a setembro, período em que o serviço foi efetivamente executado.
O recurso é oriundo do Fundo Nacional de Saúde (FNS), responsável por garantir aos entes públicos e entidades privadas que atendem até 60% SUS, o pagamento integral do piso nacional da enfermagem.
Entenda
Uma greve dos técnicos de enfermagem provoca aumento no tempo de espera dos pacientes. A reivindicação pelo pagamento do Piso Nacional da Enfermagem paralisou mais de 200 profissionais, segundo o SinSaúde de Campinas e Região.
A mobilização começou na semana passada e afetou o atendimento nos Hospitais Mário Gatti, Ouro Verde e as UPAs do São José, Campo Grande, Carlos Lourenço e Padre Anchieta.
A paralisação é dos trabalhadores de empresas terceirizadas e não se estende aos servidores municipais.
A categoria alega que a lei 14.434/2022 de agosto do ano passado, que instituiu o Piso da Enfermagem, não está sendo cumprida pelas empresas. “Decisão do STF (Superior Tribunal Federal), de julho deste ano, determinou tolerância de 60 dias para que se cumprisse a lei. O prazo venceu em 6 de outubro e algumas empresas não querem pagar”, cita trecho da carta aberta à população do SinSaúde.
A Rede Mário Gatti de Urgência e Emergência Hospitalar havia prometido por meio de notal oficial que faria, até esta sexta, 20, o repasse de recursos às empresas que prestam serviços nas unidades de pronto atendimento e pronto socorros na área de enfermagem, o que de fato, ocorreu.