A Secretaria de Habitação (Sehab) de Campinas aprovou o Plano de Regularização Fundiária do Núcleo Residencial Jardim São Marcos – 2ª fase, na região Norte da cidade. Serão contempladas 193 famílias de moradias que abrangem 44.303,46 metros quadrados.
A aprovação, que foi publicada nesta quarta-feira (9), no Diário Oficial, vai garantir que as famílias recebam as matrículas de propriedade dos seus imóveis, encerrando uma espera de quase 60 anos pelos títulos.
Com o documento – publicado em Diário Oficial, podem ser abertas as matrículas no Cartório de Registro de Imóveis. Ainda antes da finalização desse processo, a Prefeitura, por meio das Secretarias de Habitação, Infraestrutura e Sanasa, já atuava para trazer melhorias ao núcleo que já conta com a infraestrutura essencial como sistema de abastecimento de água potável; coleta e tratamento do esgotamento sanitário; rede de iluminação pública, rede de energia elétrica domiciliar, pavimentação e soluções de drenagem pluvial.
No âmbito da regularização, a Sehab também projetou e implantou um lote para reassentar uma família que havia sido removida de área de risco e imprópria para moradia e que estava sendo atendida provisoriamente pelo Programa de Auxílio Moradia Emergencial enquanto aguardava a sua inserção em programa habitacional.
O plano de regularização fundiária do Jardim São Marcos – 1ª fase foi aprovado em maio deste ano. Na época, foram contemplados 43 lotes.
População comemora
Moradora do Jardim São Marcos há 15 anos, Lucineia Mendes dos Santos, aguarda com expectativa o recebimento da escritura. Há 11 meses, ela se mudou para seu endereço definitivo no núcleo, na casa que foi construída com recursos do Fundap. “Não vejo a hora de estar com a escritura. Estou amando. Antes eu morava em um barraco, depois paguei aluguel até sair a casa. Só tenho a agradecer”, disse. Ela mora com o filho na residência e paga uma pequena prestação por mês.
No Jardim São Marcos desde os 15 anos de idade, Francisca Matos de Lima, veio com a família do Ceará há 30 anos. “Meu pai veio e comprou um barraquinho, chegamos em julho, no frio”, conta. Na habitação de dois cômodos, moravam o pai, a mãe e nove irmãos. Devagar, a família foi se ajeitando e os irmãos começaram a trabalhar para ajudar a família.
Atualmente proprietária de uma padaria e mercearia no bairro, Francisca viu as mudanças chegarem e agora espera a escritura e outras melhorias como a entrega de correspondências no seu endereço. “Hoje o bairro está ‘de ouro’. Colocaram o córrego mais para a frente, o asfalto, e ficou melhor ainda. Quando abriu a rua, a Sanasa colocou relógio individual, para cada família, a iluminação também chegou nas casas, antes só tinha luz nos postes”, conta.