O Festival Gosto da Amazônia, que reúne restaurantes de Campinas e Região e do Sul de Minas de Minas Gerais, termina neste neste domingo (9). O evento celebra o sucesso da iniciativa do consumo do pirarucu selvagem de manejo e já passou pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Recife. Os estabelecimentos participantes servem um prato inédito com pirarucu, preparado com o tempero e o toque especial dos chefs.
Com sabor suave, posta alta, carne tenra, clara e sem espinhas, o pirarucu selvagem, gigante da Amazônia que chega a três metros e 200 quilos, é o maior peixe de escamas de água doce do mundo. Alguns pratos servidos chamam atenção pela criatividade e sabor, reforçando toda a versatilidade do pirarucu na gastronomia.
“Os festivais têm a importância de comunicar os atributos do pirarucu sustentável. Permitem que as pessoas conheçam o peixe e possam compreender que estão experimentando um produto de sabor único, mas também tendo um consumo consciente. O evento torna conhecido o pirarucu, e o público está contribuindo tanto para a conservação dos recursos naturais da Amazônia como para a melhoria da qualidade de vida das comunidades indígenas e ribeirinhas.”, destaca Adevaldo Dias, colaborador da ASPROC (Associação dos Produtores Rurais de Carauari) e presidente do Memorial Chico Mendes.
Além das suas qualidades gastronômicas, o manejo do pirarucu selvagem, praticado no estado do Amazonas, permitiu que o peixe não fosse extinto e atualmente contribui para a conservação de mais de 11 milhões de hectares da Floresta. A marca “Gosto da Amazônia – sabor que preserva a Floresta” enaltece os principais valores defendidos e praticados pelas instituições envolvidas no projeto: preservação do meio ambiente, comércio justo, desenvolvimento econômico e social sustentável. Tudo isso, claro, temperado com o sabor único dos produtos da Amazônia.
SERVIÇO: Festival Gosto da Amazônia
Data: Até 09 de abril de 2023.
Mais informações: https://gostodaamazonia.com.br/festival
Lista de participantes da região e pratos:
CAMPINAS:
NB Steak – Peixe da Amazônia (Pirarucu selvagem de manejo, grelhado ao molho de tucupi)
Applebee’s Campinas – Grilled Herb Pirarucu (Saboroso pirarucu grelhado, coberto com gremolata. Acompanhado de arroz pilaf e vegetais ao vapor)
Empório Santa Therezinha – (Filé de pirarucu Selvagem Grelhado com purê de cará, manteiga de ervas e redução de açaí)
Casa Bárbaros – Lombo do Pirarucu (600g) (Peixe de origem amazônica típico dos povos originários. Servido grelhado, com farofa de mandioca brava e vinagrete de caju)
Pobre Juan – Sabores do Brasil (Barriga de pirarucu servido com farofa crocante na manteiga de garrafa, arroz de coco com castanha-do-Pará, purê de banana e molho de moqueca)
Jangada – Pirarucu Rio Madeira (Filé de pirarucu grelhado com molho de limão e purê rusticidade de cabotiá)
HOLAMBRA
Martin Holandês – Pirarucu à la Amazônia (Esse prato remete à riqueza da fauna e da flora amazônica, composto por steak de lombo de pirarucu selvagem com o espetacular risoto de cupuaçu, servido com molho do verdadeiro guaraná amazônico)
Casa Bela – Pirarucu Grelhado (Lombo de pirarucu selvagem, servido às natas e guarnecido com couscous marroquino com vegetais e banana da terra)
Lago do Holandês – O Rei do Lago (“Delicioso lombo de pirarucu selvagem, em nata de alho poró. Acompanhado de arroz com camarão e pupunha, vinagrete de cebola roxa e farofa de banana da terra. Este prato bem amazônico é realizado em parceria com comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia, defendendo os princípios da conservação do meio ambiente e sustentabilidade.”)
JAGUARIÚNA
Bar da Praia – (Pirarucu grelhado com “risoto” de siri e farofa de camarão com banana)
Botequim da Estação – Pirarucu na Pedra (Delicioso lombo de pirarucu grelhado servido à moda botequim, acompanha: salada de rúcula tomate e cebola, arroz à grega, farofa portuguesa, mandioca cremosa e molho tártaro
Sô Raiz – (Pirarucu Defumado na Crosta de Torresmo)
Manejo sustentável do pirarucu
O manejo do pirarucu começou a ser implementado em 1999, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, e hoje é realizado por populações tradicionais da Amazônia em Unidades de Conservação, terras indígenas e territórios com acordos de pesca devidamente autorizados pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Para que tudo funcione de maneira adequada, o manejo sustentável obedece a três regras básicas, além de estar baseado na vigilância dos rios e lagos da Floresta Amazônica durante todo o ano, para se evitar pesca predatória e outras atividades ilegais:
• A pesca é realizada apenas no período da seca, entre setembro e novembro, respeitando o ciclo reprodutivo da espécie.
• Só podem ser pescados pirarucus acima de 1,5 metro.
• O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autoriza a pesca de apenas 30% da população adulta do pirarucu em cada lago em que ocorra o manejo – ou seja, garante o crescimento progressivo da população de peixes.