Cria das categorias de base da Ponte Preta e peça fundamental para o Guarani na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro da Série B de 2022, o atacante Yuri completou 100 jogos na carreira no último domingo (2), agora atuando pelo Jeju United, da Coreia do Sul.
Contratado pela equipe no início da temporada 2023, o atleta valorizou a marca na carreira e também comemorou o primeiro gol atuando no futebol sul-coreano.
Abaixo, confira entrevista que o centroavante comenta sobre a experiência durante os 100 primeiros jogos da carreira e os momentos vividos na Coreia do Sul nos últimos meses.
Hora Campinas – Yuri, qual a sensação de chegar a essa marca de 100 jogos na carreira?
Yuri – Sou muito grato à Deus por chegar a essa marca de 100 jogos na carreira. Jogar futebol sempre foi meu sonho desde criança e alcançar esse número é motivo de muito orgulho para mim. Fico feliz pela forma como as coisas têm se encaminhado até aqui e agora vou continuar trabalhando duro para aumentar cada vez mais esse número e ir em busca de outras marcas também, tanto individuais como coletivas.
Ao longo da carreira, você deve ter jogado com e contra alguns atletas de destaque nacional e internacional. Quais foram aqueles que mais chamaram a sua atenção? Aqueles que o Yuri criança não imaginaria que um dia dividiria o mesmo campo?
Pude jogar com alguns, sim. Emerson Royal e Reynaldo, por exemplo, amigos de base no início de carreira e que me alegram por saber onde cada um chegou. Tive a oportunidade também de ter jogado com o Emerson Sheik e o Correia, ambos com grande história no futebol e com os quais pude aprender bastante. Além deles, foi uma honra para mim ter jogado contra Ricardo Oliveira, pela referência que é dentro e fora dos gramados.
Destes 100 jogos, constam três passagens pelo futebol internacional: Japão, Portugal e agora na Coréia. Que país mais te impressionou? Carrega alguma história/resenha curiosa causada pela diferença de cultura do Brasil com os três países?
Cada país tem suas características e possuem aspectos que eu gosto e pude desfrutar durante o período que passei por eles, porém estou gostando mais da Coreia. A forma como eu e minha esposa fomos recebidos, a cultura, o clima, apesar ainda de ser tudo muito novo, isso fez nos sentirmos muito bem.
E as curiosidades aí da Coreia? O que tem visto de diferente?
Uma das curiosidades aqui na Coreia é a culinária. Aqui eles gostam muito de comida apimentada: carnes legumes e vegetais apimentados. E também gostam do sabor agridoce, então costumam colocar açúcar na batata frita, molhos um pouco doces em algumas carnes. É diferente para nós, mas vamos nos acostumando. Além disso, na churrascaria, eles cortam a carne com a tesoura ao invés da faca. Achei curioso quando cheguei, mas você vai se acostumando.
Dos 100 jogos, você consegue elencar os 5 mais especiais para a sua carreira?
Graças a Deus posso dizer que joguei vários jogos especiais em minha carreira e tenho um carinho por cada um deles, mas vou citar 6. Primeiro acho que a minha estreia como profissional, por tudo o que representa essa partida para um menino da base. Tudo o que passamos desde o início é para chegar nesse momento e realizar o sonho de ser um atleta profissional. Outra muito importante foi a partida pelo Coimbra contra o Atlético-MG, meu primeiro jogo após retornar de lesão, que foi um período bastante difícil para mim. O primeiro jogo no Capivariano também foi bem especial, contra o Marília. Um jogo recente, mas muito especial para mim, foi o do meu primeiro gol pelo Guarani, contra a Tombense, por ter sido um clube que me identifiquei desde o momento que cheguei em Campinas e pelo qual pude escrever uma bonita história apesar do pouco tempo. Também pelo Guarani, a partida contra o Novo Horizontino, fiz um gol e tirei as chuteiras para subir no escudo e mostrar toda o respeito que o clube ganhou de mim. Por último, meu primeiro jogo aqui na Coreia do Sul, pelo Jeju United, que representa uma nova fase em minha vida e que declaro que será de muitas glórias e de muito sucesso.