O número de ucranianos mortos desde que começou a invasão russa da Ucrânia, há três dias, chega perto de 200, incluindo três crianças. Segundo o ministro da Saúde ucraniano, Viktor Lyashko, há mais de 1,1 mil feridos. A batalha agora é pela capital da Ucrânia. Os russos atacaram durante a madrugada o centro de Kiev. O alvo foram estações de energia e bases militares. Os ucranianos resistem ao cerco.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que lançou ataques com mísseis de cruzeiro durante a noite contra alvos na Ucrânia e garantiu que a ofensiva visava exclusivamente a infraestrutura militar.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky informou que Kiev ainda está sob controle da Ucrânia. “Nós resistimos e estamos repelindo os ataques inimigos. A luta continua”, disse em um vídeo. Zelensky comanda a resistência ucraniana de um esconderijo. Há relatos de que um grande contingente de soldados russos está a poucos quilômetros de Kiev.
A rede britânica BBC informou que um bombardeio russo matou todos os 13 soldados ucranianos que defendiam a Ilha Zmiinyi, localizada no Mar Negro. Kiev confirmou que perdeu contato com os 13 guardas de fronteira estacionados na ilha após eles terem se recusado a seguir ordens russas para entregarem suas armas.
Vítimas
“Infelizmente, de acordo com os dados operacionais, 198 pessoas morreram às mãos dos invasores, incluindo três crianças, e 1.115 ficaram feridas, incluindo 33 crianças”, escreveu o ministro Viktor Lyashko numa mensagem publicada no Facebook.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa “desmilitarizar e ‘desnazificar'” o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus “resultados” e “relevância”.
Finlândia
Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia usou o Twitter para ameaçar a Finlândia, com quem faz fronteira mais ao norte. Pela rede social, lembrou o país vizinho de seu compromisso de não alinhamento militar e fez ameaças caso decida integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “Consideramos o compromisso do governo finlandês com uma política de não alinhamento militar como um fator importante para garantir a segurança e a estabilidade no norte da Europa. A adesão da Finlândia à OTAN teria sérias repercussões militares e políticas”.