Por causa das altas temperaturas registradas nas últimas semanas, algumas cidades da região já estão com dificuldades para atender seus moradores com o fornecimento de água regular. A Sanasa, empresa mista responsável pelo abastecimento de água de Campinas, foi solicitada a enviar caminhões-pipa para Jaguariúna.
Desde 26 de setembro, foram enviados dez caminhões, totalizando 150 mil litros de água. Os veículos abastecem os reservatórios da cidade e, a partir deles, os imóveis recebem água pelas tubulações normalmente.
Em Campinas, o consumo de água neste período de forte calor fez com que as estações de tratamento de água (ETA) da Sanasa aumentassem o volume de água tratada em 9%, quando comparados os dias 25 e 18 de setembro. Já em comparação à segunda-feira, dia 11, o acréscimo foi de 13%.
“Por determinação do prefeito Dario Saadi, temos focado em ampliar a segurança hídrica da cidade, tornando Campinas cada vez mais resiliente às mudanças climáticas. Nossa infraestrutura é robusta e consegue abastecer os mais de 1,1 milhão de habitantes, mesmo neste período mais quente. Estamos ampliando os investimentos em mais de R$ 600 milhões nas obras do Plano Campinas 2030. Tanto é verdade que temos capacidade até para socorrer uma população vizinha”, explica o presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Júnior.
Este plano tem o objetivo de garantir a segurança hídrica de Campinas, assim como promover o crescimento econômico sustentável da cidade.
O Plano Campinas 2030 consiste na troca de 450 km de redes de água por novas fabricadas em polietileno de alta densidade, um material com 50 anos de durabilidade, o que vai evitar drasticamente o volume de vazamentos e, portanto, reduzir a quantidade de água retirada dos rios.
Outras ações são a construção de 20 novos reservatórios de água para armazenar mais 54 milhões de litros; a construção de uma adutora de água bruta; a construção de mais de 100 km de novas redes de água; a construção de mais 39 km de subadutoras; e a obra de modernização da estação de tratamento de esgoto (ETE) Anhumas, que vai passar a produzir água de reúso em 3 anos e melhorar a qualidade das bacias da região.