A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reagiu com surpresa à manifestação pela falta de médicos no Centro de Saúde Acylino de Souza Santos, no Jardim São José. O argumento da SMS é de que a unidade conta com uma estrutura adequada de atendimento. Ao Hora Campinas, representante do Conselho Local de Saúde (CLS) afirmou que o atendimento é precário, o que tem provocado tensão entre usuários e funcionários. Matéria publicada pelo portal nesta quarta-feira (5) traz um caso de violência no centro. Também nesta quarta, um protesto aconteceu em frente à unidade.
A posição da diretora da SMS, Sara Sgobin, diverge da apresentada pelo representante do CLS. Ela afirma que a unidade do São José tem “um componente significativo de médicos”. Sara argumenta que além de três pediatras e uma ginecologista, o Centro possui quatro médicos de família, que integram um modelo de atenção primária à saúde implementado pela secretaria há alguns anos.
“Não estamos abrindo mão dos especialistas, como pediatra e ginecologista, eles continuam fazendo o atendimento. Mas, além disso, eles também dão suporte ao médico de família, que tem agenda disponível e atende tanto adultos como crianças”, explica.
O médico de família é um profissional responsável pelo acompanhamento e atendimento global ao paciente, que será ou não encaminhado a um especialista mediante análise.
Providências
Ao Hora, uma usuária reclamou que a única ginecologista da unidade está de licença maternidade. Sara admitiu a licença e acrescentou que a reposição está acontecendo. “Além disso, pelo concurso público realizado agora, já estão indicados para o São José mais uma ginecologista, um psiquiatra e dois generalistas que vão compor a equipe.”
A respeito do caso de violência, a diretora da SMS manifestou repúdio. No último dia 15 de março, a auxiliar de enfermagem Andrea Cristina Giacomelli, que trabalha há 19 anos no Centro de Saúde do Jardim São José, foi esmurrada por uma paciente. Com hematomas no braço, a profissional registrou boletim de ocorrência e ficou cinco dias afastada. Hoje, ela alega problemas psicológicos.
“Repudiamos qualquer tipo de agressão e falo em nome da secretaria, gestores e funcionários da unidade”, afirma Sara.
“A violência não é uma prática com a qual lidamos no nosso dia a dia. Por isso, todo episódio de agressão é muito triste. Estamos trabalhando a cultura de paz em nossas unidades e pedimos que os representantes da população também insistam nesse tema para que possamos ofertar uma assistência de qualidade e respeitosa”, encerra a diretora.