O secretário municipal da Saúde, Lair Zambon, disse nesta sexta-feira (30), em entrevista coletiva na Prefeitura, que já se pode vislumbrar o controle da pandemia em Campinas a partir de setembro deste ano. Ele ressaltou, no entanto, que isso só poderá ocorrer se a vacina que está sendo prometida chegar, de fato, à cidade. Ele contou que, junto com o prefeito Dário Saadi, conversou quinta-feira (29) com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e com um representante da Pfizer para a América Latina. Disse que os dois reiteraram o compromisso da empresa de enviar para o Brasil 100 milhões de doses da vacina Pfizer-BioNTech, fabricadas na Alemanha, até o mês de setembro.
Essas vacinas são compradas pelo governo federal; distribuídas aos governos estaduais e só depois disso, enviadas aos municípios.
“Se nós tivermos mesmo os 100 milhões da Pfizer; mais ou menos 40 ou 50 milhões da Coronavac e uma quantidade semelhante da Astrazeneca, teremos 200 milhões de doses, podendo atingir 100 milhões de pessoas”, diz o secretário.
“Disso, 20% fica para o estado de São Paulo e cerca de 2% viriam para Campinas. Então, até setembro, teremos mais 500 mil vacinados. Contando com os quase 200 mil que já foram imunizados; teoricamente, teríamos por volta de 700 mil pessoas vacinadas até setembro”, disse.
“Se nós imaginarmos que Campinas tem 1,2 milhão de habitantes, com cerca de 900 mil pessoas acima de 18 anos, então, muito provavelmente em setembro, nós teremos um controle da doença”, disse.
“Mas isso é hipotético, numa situação pela qual não temos controle”, ressalvou.
O prefeito Dário Saadi reforçou que o envio das doses não depende da Prefeitura. “Os dados que o Dr. Lair divulgou foram confirmados pelo ministro e pelo representante da Pfizer para a América Latina. Mas não é uma garantia nossa, porque não é a Prefeitura que vai comprar essa vacina”, afirmou.
Segundo os dados da Secretaria Municipal de Saúde, até esta sexta-feira, 193.573 pessoas receberam a primeira dose da vacina e 120.040 a segunda dose.