A nova onda de medidas restritivas tomadas por prefeituras do Interior de São Paulo, das quais duas na região de Campinas, com impacto direto nos restaurantes e bares, é vista com preocupação pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Regional Campinas.
Contra impor controle de horário e até fechamento dos estabelecimentos, a entidade defende intensificar as campanhas de vacinação, engajamento das pessoas em tomar a vacina e maior planejamento do poder público para evitar lotação dos leitos públicos.
Desde o início do mês, a Abrasel tem alertado, com base em estudos de órgãos internacionais, que a nova onda da pandemia tem uma duração mais curta – de seis a oito semanas após seu início, com efeitos menos rigorosos para os vacinados. “Esta curva está se comprovando em vários países e agora na capital paulista, com sinais de desaceleração no número de atendimentos, conforme anunciado nesta quinta-feira”, afirma o presidente regional da Abrasel, Matheus Mason.
Mason sustenta que medidas mais restritivas aos bares e restaurantes já se mostraram desastrosas ao longo dos dois anos de pandemia, levando milhares de empresas ao fechamento e demissão de milhares de trabalhadores, além dos impactos negativos na economia das cidades.
“O setor produtivo não tem mais como arcar com os prejuízos, pois a grande maioria está operando no vermelho”, defende do presidente da Abrasel Regional Campinas. Ele lembra que já no final do ano passado, com os sinais no aumento de casos, as administrações municipais teriam como gerir melhora questão, com a previsão de aumento de leitos e “não deixar para tentar resolver o problema na última hora, penalizando o setor produtivo”.
“Graças à vacina, podemos ver hoje que houve uma drástica redução de casos e mortes e que os efeitos da Ômicron são mais leves nos vacinados, embora exijam todos os cuidados. Mais de 90% dos casos de internações em estado grave são de pessoas que não se vacinaram ou não completaram o processo vacinal”, afirma.