Em novo alerta da Saúde, subiu de cinco para nove o total de bairros de Campinas com alto risco de transmissão de dengue. O documento informa nesta quarta-feira (3) que as localidades com maior propensão são Botafogo (região Leste); Jardim Santa Mônica (região Norte); Parque Floresta (região Noroeste); San Diego, Parque Oziel e Monte Cristo (região Suleste); Parque Universitário de Viracopos, Jardim Ouro Verde e Vila União (Sudoeste).
A divulgação do boletim semanal ocorre em meio ao alerta da Pasta para um possível aumento expressivo do número de casos da doença a partir do início de 2024.
A cidade declarou epidemia em abril e já registrou neste ano 10.898 casos confirmados e três óbitos pela doença. O cenário pode piorar se houver reintrodução dos vírus tipos 3 e 4, não registrados localmente há 14 anos e nove anos, respectivamente, mas que já causaram infecções em outros municípios em 2023. Desta forma, os grupos mais vulneráveis são crianças, adolescentes e adultos que não tiveram contato com a doença antes.
Há risco de dengue grave quando uma pessoa é infectada por um tipo diferente ao anterior. O objetivo do alerta é estimular a população a verificar e eliminar criadouros em casa.
Combate à doença
A luta contra as arboviroses exige uma contrapartida da sociedade. A Prefeitura mantém um programa de controle e prevenção da doença, mas cada cidadão precisa colaborar destinando corretamente resíduos e evitando criadouros. Levantamento do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) diz que 80% dos criadouros estão dentro das residências.
Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar acúmulo de água, latas, pneus, pratos de plantas e outros objetos. É importante, também, vedar a caixa d’água e manter fechados os vasos sanitários inutilizados.
A dengue provoca febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia. Caso tenha estes sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde de Campinas para receber atendimento médico.