O terreiro de umbanda Pai Tajubim, cujo líder espiritual Domingos Forchezatto é suspeito de assediar e abusar sexualmente ao menos cinco mulheres, anunciou que retomará o atendimento ao público no próximo dia 31. Domingos é considerado desaparecido desde o dia 29 de julho.
O Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil de Campinas investiga o sumiço do babalaô que, segundo testemunhas, foi visto pela última vez à beira do Rio Atibaia, na região do Vale das Garças, em Barão Geraldo, quando fazia um “trabalho” na mata.
O inquérito que apura as denúncias contra Domingos, aberto no dia 15 de julho, corre na Delegacia de Defesa da Mulher, paralelamente com a investigação sobre o desaparecimento do suspeito de abuso sexual que é conduzida pela Polícia Civil.
A Associação Espiritual de Umbanda Pai Tajubim (AEPTU), localizada no bairro Taquaral, suspendeu os atendimentos ao público no último dia 18, três dias depois de as denúncias se tornarem públicas. Antes disso, em 29 de junho, já havia afastado das funções o líder da instituição, conhecido como Pai Tambaú.
Pelas redes sociais, a AEPTU informou que “após toda a reorganização interna que vem sendo feita com muita dedicação, retornará os trabalhos de atendimento ao público a partir das quarta-feira dia 31 de agosto, em sua sede, às 19h30”. A casa existe há 71 anos e conta com 27 sacerdotes. Domingos era líder religioso do terreiro há 29 anos.
Em entrevista ao Hora Campinas, o advogado de Domingos, José Pedro Said Jorge Júnior, garantiu ter se surpreendido com o sumiço do babalaô e afirmou que “não há a mínima possibilidade de fuga” de seu cliente.
O Corpo de Bombeiros chegou a realizar buscas na região do rio onde o líder teria sido visto pela última vez. Nenhum indício foi encontrado e as buscas foram suspensas pela corporação.
Todas as vítimas foram ouvidas pela DDM, assim como testemunhas de defesa do suspeito. Domingos desapareceu antes de depor. O inquérito corre em segredo de justiça