A Prefeitura de Campinas deu início ao trabalho integrado para estabelecer um cronograma de ações que irá definir as modalidades para o projeto de requalificação do centro da cidade. O encontro referente ao termo de cooperação técnica firmado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ocorreu na manhã desta segunda-feira (29). Reuniu representantes dos órgãos que assinaram o documento: Companhia de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado de São Paulo (CDHU), Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e as secretarias municipais de Urbanismo, Habitação e Planejamento Urbano.
Entre as ações previstas no cronograma de trabalho está o levantamento das informações fundiárias dos 25 imóveis mapeados, levantamento do impacto ambiental, urbanístico e viário de cada área, bem como suas diretrizes e restrições.
A secretária municipal de Urbanismo, Carolina Baracat Lazinho, explicou que esse levantamento, além de ser objeto do termo de cooperação, vai reunir base de dados técnicos para dar andamento ao projeto.
“Nós vamos fazer um levantamento detalhado de informações, desde a situação fundiária das matrículas dos 25 imóveis que são objeto do termo de cooperação, como verificar se há restrições ambientais, viárias e urbanísticas conforme a lei de ocupação e uso do solo e também o perfil das famílias que poderiam, por exemplo, vir morar na região central”, colocou.
A moradia no centro da cidade é um ponto fundamental do projeto de requalificação da região, que também é uma das áreas de estruturação dos projetos de planejamento e desenvolvimento urbano para Campinas. O centro da cidade é um do três polos de desenvolvimento prioritário previstos no Plano Diretor de Campinas, aprovado em 2018.
Campinas Palace Hotel
Depois da reunião realizada na Prefeitura, o grupo visitou o edifício do Campinas Palace Hotel, que é um dos 25 imóveis mapeados no acordo de cooperação técnica.
“Trouxemos os representantes da CDHU e da Agemcamp aqui no prédio para que possamos explorar mais as suas potencialidades. Vimos que realmente a tendência é mais voltada à questão habitacional com mesclas de uso e de faixas de renda”, disse Baracat.
Para a diretora de Planejamento Habitacional Urbano da CDHU, Maria Cláudia Pereira de Souza, esse é um projeto extremamente estratégico que pode ter um impacto muito importante para a Região Metropolitana de Campinas.
“Nesta reunião, especificamente, demos início aos trabalhos técnicos mais detalhados. Já tínhamos uma base técnica desenvolvida, agora vamos para os detalhes, a questão fundiária, a questão financeira e tudo mais, preparando as bases para o trabalho de modelagem das propostas com a participação do BNDES”, destacou.
Termo de cooperação
O Termo de cooperação leva em conta o potencial da área central de Campinas e sua importância como centralidade da Região Metropolitana de Campinas; a existência do projeto “Nosso Centro”, de requalificação do Centro, com a lei municipal de incentivos urbanísticos e fiscais para requalificação de imóveis no polígono prioritário da área central; e a instalação do Trem Intercidades (TIC), ligando a Capital a Campinas, por PPP fechada neste ano pelo Governo do Estado.
A área de abrangência do futuro projeto deve ir além do centro de Campinas e abranger parte dos bairros vizinhos Vila Industrial, Cambuí, Guanabara e Botafogo. Inclui terrenos e edificações públicas e privadas, inclusive edifícios de interesse histórico e espaços de preservação ambiental.