O volume de usuários no sistema de transporte coletivo de Campinas apresentou um sinal forte de recuperação neste ano, mas ainda permanece muito abaixo do verificado no período pré-pandemia, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (21) pelo presidente da Emdec, Ayrton Camargo da Silva em audiência na Câmara Municipal.
Segundo ele, o número de passageiros nos ônibus de Campinas cresceu 77% na comparação com o período mais agudo da pandemia, mas ainda está 57% do verificado antes de março de 2020.
De acordo com ele, o número de passageiros\dia no sistema está hoje em cerca de 320 mil. Índice muito melhor que os 180 mil passageiros\dia registrado no auge da pandemia, quando setores como o de comércio e o de serviços tiveram de ser fechados e praticamente todas as atividades econômicas foram suspensas. Só que, ainda assim, permanece muito distante do registrado na pré-pandemia, quando eram atendidos 560 mil passageiros\dia.
Ayrton Camargo lembrou na audiência, que todos esses número têm como base um mercado já em declínio. “Em 2001, numa cidade com 900 mil habitantes, o sistema contava com 1 milhão de passageiros\dia”, revelou.
Ajustes
O presidente da Emdec disse que uma das maiores dificuldades que a gestão do setor vem enfrentando neste momento de pandemia, é a adaptação do sistema à liberação ou não atividades econômicas prevista no Plano SP de combate ao coronavírus.
“Nós já fizemos 900 alterações nas programações de horários dos ônibus”, disse ele. O presidente lembrou, por exemplo, que o comércio já funcionou até 22h, depois caiu para 21h; em seguida recuou para 20h e hoje – quando entra em vigor o novo horário do toque de recolher – está em 19h.
Subsídios
O secretário de Transportes, Vinicius Riverete disse que a expectativa para este ano é que que sejam desembolsados R$ 75 milhões para o subsídio do transporte. Segundo ele, esse é o mesmo valor de 2020. “Mas ainda não dá para confirmar se vai ser esse mesmo o valor”, afirmou. Em 2019, o subsídio ao transporte foi de R$ 60 milhões.