O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta quinta-feira (24), num discurso feito à nação, o corte das relações diplomáticas com Moscou, na sequência da invasão do país pelas forças armadas russas. “Cortamos os laços diplomáticos com a Rússia”, disse Zelensky, lembrando que a relação entre Kiev e Moscovo foi mantida mesmo depois de a Rússia ter anexado a península da Crimeia, em 2014.
Apesar de a situação política e de segurança se ter degradado nos últimos oito anos, mais de três milhões de ucranianos vivem na Rússia, e a continuidade dos serviços consulares foi considerada uma prioridade estratégica.
Moscou começou na quarta-feira (23) a retirar os seus diplomatas das embaixadas e consulados na Ucrânia.
Depois de semanas de tensão crescente, a Rússia invadiu, hoje de madrugada, a Ucrânia, fazendo ataques aéreos em todo o país, incluindo na capital, Kiev, e avançando com forças terrestres em três frentes: a partir do norte, do leste e do sul do país.
A invasão foi explicada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, com a necessidade de proteger civis de etnia russa nas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, que reconheceu como independentes na segunda-feira.
Depois do reconhecimento, Putin autorizou o exército russo a enviar uma força de “manutenção da paz” para Donetsk e Lugansk, referindo, na quarta-feira, que os líderes das autoproclamadas repúblicas separatistas pró-Rússia tinham pedido ajuda para “repelir a agressão” dos militares ucranianos.
(Agência Lusa)