A Vila da Startups da Unicamp recebeu apoio de R$14.777.999,65 da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O dinheiro será usado na construção de mais de 3 mil m² para abrigar startups e empresas de base tecnológica (EBTs) dentro do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, gerido pela Agência de Inovação (Inova Unicamp).
O financiamento será usado para ampliar a capacidade de apoio às empresas inovadoras, ao oferecer suporte físico e capacitação para aumentarem a competitividade. A ampliação também fomentará o ecossistema empreendedor regional com desenvolvimento econômico baseado em ciência e tecnologia, conforme analisa a professora Ana Frattini, diretora-executiva da Inova Unicamp:
“A ampliação física do Parque fortalece o posicionamento estratégico da Unicamp junto ao ecossistema regional, como principal instituição capacitada para apoiar diretamente empresas nascentes de base científica e tecnológica, além da geração de empregos qualificados e renda. O Parque é um dos mais importantes instrumentos da Universidade para a transferência da tecnologia desenvolvida e para o suporte efetivo a essas empresas nascentes”, explica Frattini.
A proposta se baseia em um conceito de construção inovador, que garante a excelência na qualidade e custo das obras, além de ser mais ágil e sustentável na questão ambiental do que as construções padrões no mercado.
“Devido à alta demanda por espaços físicos construídos dentro do Parque e a dificuldade em viabilizar novas obras no modelo tradicional, pelo tempo da construção, burocracia e desperdício de materiais, estamos há anos estudando novas formas de planejamento e construção. O edital da Finep foi a oportunidade de apresentarmos esse conceito e, ainda, de captarmos os recursos financeiros necessários”, relembra Eduardo Gurgel do Amaral, diretor do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp.
O modelo de construção se baseará no conceito modular e limpo. Dessa forma, é possível aumentar o espaço, conforme a demanda, sem construir um novo prédio. Outra preocupação do projeto é a de unir paisagismo e natureza com modernidade e integração entre as empresas.
A proposta aprovada pela Finep também prevê, para as empresas hospedadas, capacitações em internacionalização e em práticas ambientais, sociais e de governança, conhecidas pela sigla em inglês ESG. Uma das metas é selecionar empresas que já fomentem essa cultura.
A chamada pública de financiamento da Finep foi aberta junto ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para destinar até R$ 180 milhões do Fundo Verde Amarelo a projetos de parques em operação (linha A) ou em implantação (linha B) de todo o Brasil, com duração de 48 meses.
(Com informações da Unicamp)