Se no início da pandemia, as pessoas mais idosas eram maioria dentre as vítimas fatais da Covid-19, em agosto, com a ampliação da vacinação, houve queda na faixa etária dos mais vulneráveis em Campinas. O público de 80/89 anos, que no início do ano respondia pela maior parte dos óbitos, atualmente é o terceiro em total de mortes. Em primeiro lugar aparece o de 60/69 anos, que em janeiro era o terceiro colocado na relação.
A mudança de faixa etária acompanha o mapa da vacinação no Brasil, que começou a imunizar os mais velhos e vem seguindo em ordem decrescente de idade. Segundo o boletim divulgado nesta sexta-feira (6) pela secretaria de Saúde, 1.012 pessoas entre 60/69 anos vieram a óbito em Campinas em virtude da Covid-19, desde o início da pandemia. A faixa de 80/89 anos registra 821 mortes, enquanto a de 70/79 anos, 875.
Em abril, a situação era diferente. A faixa etária dos 70/79 anos respondia pela maioria dos óbitos: no dia 26, eram 697. O grupo de 60/69 vinha em seguida, com 689, e o de 80 anos aparecia depois, com 644. Em maio, o primeiro lugar no total de mortes ficou com a faixa etária de 60/69 anos, seguida pela 70/79 e depois, de 80/89.
Chama atenção também o crescimento do número de óbitos na faixa dos 50/59 anos. De 408 em 6 de maio, passou para 627 em 6 de agosto, aumento de 53%. No mesmo período, os óbitos de 60/69 cresceram 36% e os de 80/89 anos, 20%.
Segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (6) pela Secretaria de Saúde, Campinas apresenta 129.442 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. O total de óbitos chegou a 4.144. Na sexta-feira, o município superou a marca de um milhão de doses de vacina contra a Covid aplicadas na população. Desde o início da pandemia, em março de 2020, 2.346 pessoas do sexo masculino vieram a óbito por Covid, e 1.798 do sexo feminino.