A volta às aulas trouxe, dessa vez, um nova preocupação aos pais. Após um longo período de pandemia causado pelo Covid-19 e recente alta de casos registrada nos pronto atendimentos pediátricos, agora o que assusta é o vírus Monkeypox, causador da doença varíola dos macacos. Já são mais de 1,4 mil casos no país e, na região de Campinas, a doença já chegou a nove municípios.
O biomédico e coordenador de microbiologia e biossegurança do DMS Burnier, Alexandre Veronez, explica que apesar da contaminação de ambas as doenças ocorrerem de maneiras diferentes, é necessário haver cuidados, sobretudo na volta às aulas. Ele comenta que o uso de máscaras ajuda a prevenir a contaminação tanto para o Covid-19, quanto para outras doenças virais.
“Especificamente no caso da varíola dos macacos, a transmissão ocorre mais fortemente através do contato próximo com lesões, fluidos corporais e materiais contaminados, como roupas, toalhas ou lençóis, mas também pode ocorrer através de gotículas respiratórias”, explica o biomédico.
No caso das escolas, a atenção ao compartilhamento desses, e outros, objetos entre as crianças é fundamental. Para as crianças maiores, Veronez sugere que os pais conversem com seus filhos orientando-os a evitar o contato próximo com pessoas com sintomas ou sinais de infecção e quanto ao uso de itens pessoais.
Grupo de risco
Outro alerta levantado pelo médico é ao fato de que, assim como as gestantes e os idosos, as crianças fazem parte do grupo de risco da varíola dos macacos. “Devido o seu sistema imunológico ainda imaturo, as crianças são mais vulneráveis à doença e têm mais chances de ter complicações”, informa.
O biomédico ressalta ainda a importância de manter a vacinação da criançada em dia. “Vacina contra a gripe e contra a covid já estão disponíveis, em breve teremos também a vacina contra a varíola dos macacos; a vacinação é fundamental para assegurar a saúde das nossas crianças”, finaliza.