O comércio varejista da Região Metropolitana de Campinas (RMC) apresentou aumento de 6,1% no faturamento das vendas de abril deste ano, quando comparado com o mesmo mês de 2021. O resultado positivo ocorreu apesar dos efeitos do índice de inflação nos indicadores econômicos e da guerra da Rússia com a Ucrânia.
“Mesmo com os efeitos da Covid-19 bastante reduzidos, o varejo de Campinas e Região cresceu em seus números finais”, analisa o economista da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), Laerte Martins, a partir de dados da Boa Vista – SCPC. Martins ressalta, contudo, que os números, no comparativo a março deste ano, tiveram uma queda de 19,86%.
O setor que mais apresentou crescimento foi o e-commerce, com aumento de 18%, totalizando R$ 490,3 milhões. Já o faturamento das vendas físicas de Campinas, em abril de 2022, foi de R$ 673,4 milhões, 6,10% a mais do que no mesmo período do ano passado, quando o montante foi de R$ 635,1 milhões.
Na RMC o total faturado foi de R$ 1.604,3 bilhão em abril de 2022, crescimento também de 6,1% a mais dos R$ 1.512,1 bilhão obtidos em 2021. O comércio de Páscoa contribuiu para esse crescimento, já que as vendas de ovos de chocolates representaram 8% na comparação com a mesma data do ano anterior.
Em relação aos Bens Não Duráveis, o segmento que registrou o maior aumento nas vendas foi o dos postos de combustíveis, com 8,5%, seguido pelos supermercados (7,5%) e pelas drogarias e farmácias (4,5%). Quanto aos Bens Duráveis, o segmento que mais se destacou foi o de materiais de construção que evoluiu 4,15%, enquanto vestuário obteve 1,5% de aumento no faturamento em abril de 2022.
Já no setor de Serviços, turismo e transporte tiveram um crescimento menor na comparação com os outros setores – de apenas 1,45% -, na comparação com 2021. Bares e restaurantes apresentaram aumento de 0,5%. “Embora os números tenham sido positivos, a perspectiva para os próximos meses, para o varejo de Campinas e Região não é nada promissora”, analisa Laerte Martins.
Inadimplência
Outro ponto observado pelo economista é o aumento de 9,4% das vendas no crédito, contra 2,5% nas negociações à vista, o que indica um possível crescimento da inadimplência nos próximos meses.
O número de inadimplentes de Campinas em abril de 2022 foi 1,55% maior do que no mesmo mês do ano passado, com a geração de 75.104 carnês e boletos não pagos, o equivalente a R$ 54,1 milhões.
Na RMC, 178.819 carnês e boletos deixaram de ser pagos em abril de 2022, o que corresponde a R$ 128,7 milhões.