Diante do risco cada vez mais real de desabastecimento, a companhia de saneamento de Vinhedo decidiu recorrer a poços profundos desativados há cerca de 20 anos, na busca por alternativas para o fornecimento de água à população.
A empresa anunciou nesta segunda-feira (25) que conseguiu identificar potencial em voltar a produzir água em três de quatro unidades que estavam desativadas na cidade.
Com isso, a empresa estima que ao menos 24 metros cúbicos por hora de água podem ser produzidos e acrescentados ao sistema da Estação de Tratamento de Água (ETA) 1 para a distribuição a mais de 65% dos bairros da cidade.
“Estamos trabalhando para recuperar o máximo de poços profundos e colocá-los em operação o mais breve possível para aumentar a oferta de água aos moradores. A nossa meta é chegarmos aos 50m³/hora”, disse Jaderson Spina, superintendente da Sanebavi – a empresa de saneamento de Vinhedo.
Dos poços que passaram por manutenção, o P13, situado no bairro Pinheirinho, apresentou vazão de 12m³/hora e o P21, no bairro São Matheus, mostrou entrega de 4m³/hora. Outro poço, na Vila João XXIII, também tem vazão expressiva, de 12m³/hora.
Já a unidade P15, no bairro Jd. Alba, os testes mostraram vazão de 2,8m³/hora e, por tratar-se de pouca oferta, a autarquia está analisando a viabilidade econômica para o retorno das operações.
A Sanebavi também fez a reversão de um poço profundo no Distrito Industrial, com produção de 16 metros cúbicos por hora. No lugar de atender as empresas do Distrito, o poço será disponibilizado para a população da região do Centro. O poço dentro da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Pinheirinho, com produção de outros 11 metros cúbicos de água por hora, também será utilizado para abastecer os moradores.
Atualmente, dos 22 poços públicos, 12 estão ativos e contribuem para o abastecimento da cidade e os outros 10 que estão em desativação, estão sendo revisados.
Todas as unidades passarão por manutenção para recuperar as condições originais de vazão e nível, para que seja possível ser explorada sua vazão máxima. A contribuição dos poços profundos responde por uma parcela considerável do abastecimento público.