O voleibol brasileiro e mundial está de luto. Um dos nomes mais importantes do esporte no País, com grande atuação internacional, morreu na manhã desta quarta-feira, aos 62 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ela deixa um legado incontestável no vôlei, sendo líder de uma geração que mudou o esporte de patamar no Brasil. Além de exímia jogadora, era uma atleta com posições firmes e uma profissional admirada. A jogadora deixa centenas de amigos e amigas pelo mundo, muitos deles em Campinas. A causa da morte foi uma complicação por conta de uma síndrome respiratória grave.
Seu auge como atleta foi anos anos 80 e 90, por clubes e pela Seleção Brasileira. Foi medalhista olímpica e ajudou a difundir o vôlei de praia.
Isabel foi atacante desde os 11 anos de idade e já demonstrava ser uma jogadora de alto nível. Estudava no Colégio Notre Dame, no bairro de Ipanema. Com apenas 12 anos de idade, foi estimulada a treinar em clube para se aprimorar na modalidade por seu treinador e também treinador do Flamengo, Enio Figueiredo, futuramente seu técnico na Seleção Brasileira, informa o seu perfil no Wikipedia.
Formada nas divisões de base do Flamengo, jogou na categoria de base desde 1973 nesse clube. Em 1976, foi convocada para a Seleção Brasileira Juvenil, já titular na equipe do Flamengo, quando tal clube conquistou a terceira colocação do Campeonato Brasileiro de Voleibol. Pelo mesmo clube, conquistou dois títulos do Campeonato Brasileiro de Voleibol, nos anos de 1978 e 1980.
Era uma das representantes do clube na Seleção Brasileira, que disputou duas edições de olimpíadas, a primeira nos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, e a outra nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984.
Disputou campeonatos em mais de dez clubes brasileiros, atuando também em algumas temporadas no voleibol italiano e japonês. Esteve na Seleção Brasileira nos campeonatos sul-americanos (juvenil e adulto), pan-americanos e mundiais. Posteriormente passou a disputar torneios de vôlei de praia.
Atuou como atleta do vôlei de praia e treinadora de vôlei, tendo exercido esta última função no Flamengo, nos anos de 1999 e 2000. No Vôlei de Praia, foi umas das pioneiras no torneio promovido pela FIVB em Almeria, Espanha, formando dupla com Jackie Silva, campeã mundial e medalha de ouro em Atlanta, em 1996.
Anos mais tarde, fez dupla com Roseli Timm e conquistaram a medalha de ouro no Campeonato Mundial de Vôlei de Praia de 1994, realizado em Miami. Com Roseli, Isabel conquistou três medalhas de prata e duas de bronze até 1995.
Por mais três anos, Isabel atuou com outras parceiras, encerrando a carreira em 1997.
Família
Isabel Salgado foi mãe de seis filhos, três dos quais foram bem-sucedidos jogadores de vôlei de praia. Maria Clara e Carolina Solberg começaram em 2005. Isabel foi técnica da dupla pela primeira vez no Circuito Mundial em 2008, e ganhou sua primeira medalha de ouro em Myslowice.
Já seu filho Pedro Solberg ganhou mais de dez torneios e foi eleito em 2008, com seu parceiro, a dupla do ano e campeão do Circuito Mundial. Após jogar por mais de 30 anos, ser técnica tanto na quadra quanto na praia, Isabel trocou de função e passou a trabalhar na gestão e supervisão da carreira dos filhos esportistas. Formou dupla com sua filha Maria Clara e, já próxima do fim da carreira, com Carolina, então com 17 anos.
Ela foi casada com o ex-tenista Thomaz Koch e com o cineasta Ruy Solberg. Maria Isabel Barroso Salgado Alencar nasceu no dia 2 de agosto de 1960.
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