Depois de 42 semanas de trabalho, chegou o jogo decisivo da temporada. Neste domingo (28), às 10h, o Vôlei Renata tenta fazer história e conquistar seu primeiro título da Superliga Masculina.
No Ginásio Geraldão, em Recife, os campineiros enfrentam o Sesi-SP na grande decisão do principal torneio do calendário nacional. O duelo terá transmissão da Globo, do SporTV 2, do Canal Vôlei Brasil e da CBN Campinas.
O projeto campineiro vai para a segunda final de Superliga de sua história. A primeira aconteceu na temporada 2015/2016, disputada em Brasília. A equipe de Campinas, contudo, terminou com a medalha de prata. O único remanescente daquela decisão é o levantador Gonzalez, recordista de jogos pelo projeto com 262.
“Mais um jogo importante para a gente”, comenta o campeão olímpico, Maurício Borges, que está em sua nona final de Superliga. “Vamos entrar para o jogo para fazer o que estamos treinando, colocar em prática o saque, impor nosso ritmo. O time cresceu na hora legal, no momento em que mais precisava. Nossa trajetória não foi tão boa, mas tirar Cruzeiro e Guarulhos e chegar a uma final foram coisas muito boas. O time se entrosou na hora certa”, avaliou, lembrando da trajetória do time campineiro nos playoffs, depois da pior campanha entre os classificados na primeira fase.
Tricampeão Paulista, o Vôlei Renata esteve em outras três oportunidades entre os quatro melhores da Superliga. Nesta temporada, no entanto, os campineiros construíram o caminho até a final com perseverança e muito trabalho.
A classificação aos playoffs veio apenas na última rodada, somando ponto no Ginásio do Taquaral. A vaga na reta final não abalou os campineiros, que cresceram no momento certo e passaram por Sada/Cruzeiro e Guarulhos, nas quartas e semi, respectivamente, para selar a vaga na decisão.
“Sempre mantivemos a mesma identidade, a mesma ideia de trabalho, a nível de diretoria, projeto, e dentro da quadra, que é minha função”, afirma o técnico Horacio Dileo. “Hoje, além do resultado, somos reconhecidos como um projeto sério. Isso é uma coisa que me orgulha muito.”
Horacio lembra da campanha. “Foi uma temporada muito difícil. Em um momento, estávamos em nono, a um ponto do décimo e falei para os atletas que trocaríamos a palavra difícil por desafio. Eles toparam essa ideia e começamos outra etapa. No momento que o time apareceu, ele estava inteiro”, revelou o treinador do Vôlei Renata há sete temporadas, que vai para sua primeira final de Superliga.
A chegada à decisão foi histórica não só para o projeto, mas também para o vôlei. É a primeira vez que um time classificado em oitavo lugar na primeira fase decide o título.
“Creio que toda temporada foi de crescimento, não só para nós, mas também para todos os times da Superliga”, avalia Bruno Lima, segundo maior pontuador da Superliga Masculina, com 460 acertos. “Foi um torneio bastante parelho. Em relação a nossa equipe, ela foi melhorando a cada partida, especialmente na semifinal, ganhando confiança. A participação de cada um do grupo foi importante”.