Laudos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e do Instituto Biológico (IB), encomendados pela Prefeitura de Campinas, confirmaram que o encharcamento do solo causou a queda do eucalipto que matou uma criança de 7 anos na Lagoa do Taquaral e feriu outra pessoa gravemente no dia 24 de janeiro.
A Prefeitura aguarda agora a resposta do ofício enviado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística para solicitar ao Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) uma análise do fragmento florestal, de cerca de 2 mil eucaliptos, existente na Lagoa do Taquaral.
Desde o acidente, todos os parques e praças de esportes estão fechados. Nesta sexta-feira (3), a Prefeitura deverá anunciar se a abertura gradativa dos equipamentos públicos, anunciada semana passada, será mantida ou não.
No dia 28 de dezembro, uma figueira branca de grande porte que ficava dentro do Bosque dos Jequitibás caiu sobre a Rua General Marcondes Salgado. O carro dirigido pelo técnico em eletrônica Guilherme da Silva, de 36 anos, foi atingido. Guilherme morreu no local. Laudo confirmou que a árvore estava sadia.
As análises foram feitas por equipes técnicas dos dois institutos ligados ao governo do Estado de São Paulo.
“Conforme os laudos técnicos do IPT e do IB, a queda do eucalipto foi causada por razões meteorológicas, como alto índice pluviométrico (excesso de chuvas) e ventos, e fatores ligados à permeabilidade do solo (encharcamento)”, disse o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella.
No caso do eucalipto que caiu na Lagoa do Taquaral, de cerca de 20 metros de altura e 1 metro de diâmetro, no dia 24 de janeiro deste ano, o laudo do IPT afirma que “a ferida e a cavidade causada pela biodeterioração do lenho, encontradas no tronco, não estão associadas à queda da árvore, que promoveriam a ruptura do tronco e não o pivotamento (movimento giratório) do sistema radicular”.
Em trecho do laudo do Instituto Biológico, consta que “não foram encontrados danos, vestígios ou atividade termítica de cupins subterrâneos, arborícolas ou de madeira úmida ou incidência de microcoleobrocas ou outros insetos broqueadores e formigas carpinteira e a ausência visual de fungos apodrecedores externos” e “a ruptura de raízes possivelmente foi devido à senilidade da árvore, aliado ao solo com características hidromórficas que dificultam um enraizamento adequado e a saturação do mesmo devido à proximidade do corpo hídrico (lagoa).
Acidente
O acidente na Lagoa do Taquaral causou a morte de Isabela Tiburcio Fermino, de 7 anos, que comemorava no parque o aniversário da prima. Outras pessoas se feriram, uma delas gravemente. Os 25 parques e bosques da cidade estão fechados desde o dia 24 e nova avaliação se a medida permanece ou não será anunciada nesta sexta-feira (3).