A Academia Campinense de Letras (ACL) marcou para esta segunda-feira, 16 de maio, a partir das 18h, a sessão solene de Abertura do Ano Acadêmico/2022. A programação é extensa. Os acadêmicos, recolhidos em suas casas após o longo período da pandemia do novo coronavírus, devem comparecer em bom número na casa literária. A agenda inclui a celebração do 66º aniversário da ACL e o início das comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil. Parte dos acadêmicos tem apreço pela Monarquia, o que explica a série de eventos que deve ser pautada até setembro deste ano.
Mas um dos pontos altos do encontro desta segunda-feira é a homenagem póstuma a seis acadêmicos já falecidos. As mortes ocorreram nos últimos dois anos. Por conta do isolamento, não foi possivel agendar cerimônias que lembrassem a passagem destes confrades e confreiras.
Caberá ao acadêmico Duílio Battistoni conduzir a homagem aos seguintes acadêmicos: João Plutarco Rodrigues Lima, Luís Carlos Cândido Sotero da Silva, José Roberto Martins Pereira, José Alexandre dos Santos Ribeiro e Quinita Ribeiro Sampaio de Melo Serrano.
A homenagem ao acadêmico Rubem Costa será feita pelo amigo Agostinho Tavolaro. É esperada a presença da família de todos os homenageados.
Lançamento de livro
O evento na casa literária, que fica na Rua Marechal Deodoro, 525, no Botafogo, terá início com o lançamento do livro autobiográfico “Tempos Idos e Vividos”, de autoria do presidente da ACL, Jorge Alves de Lima. A obra, lançada pela Pontes Editores, terá duas noites de autógrafos: 16 de maio, em Campinas, no evento de abertura do ano acadêmico da Academia Campinense de Letras (ACL), e no dia 21 de maio, em Londrina, no Paraná.
No livro, Jorge Alves de Lima narra sua epopeia de migrante paranaense até Campinas, resgatando passagens históricas e acrescentando sua veia literária e memorialista.
Palestra
Às 20h desta segunda, será a vez da palestra a ser proferida pelo secretário nacional de Economia Criativa e Diversidade Cultural, Rafael Nogueira Alves Tavares da Silva. O jovem historiador, de 38 anos, falará sobre o tema “A participação da Imperatriz Leopoldina, de José Bonifácio e de Dom Pedro I na Independência do Brasil.” Rafael é monarquista. Sua atuação está incorporada à Secretaria Especial de Cultura/Ministério do Turismo do governo de Jair Bolsonaro (PL).
A Academia
A Academia Campinense de Letras (ACL) é uma instituição com 66 anos de existência. Seguindo os mesmos moldes da Academia Brasileira de Letras, a ACL é composta de 40 cadeiras de provimento vitalício, com incentivo à produção literária. Fundada em 17 de maio de 1956, com o objetivo de reunir os literatos da cidade, a Casa tem por finalidade a cultura da língua portuguesa, o apreço à literatura brasileira e a defesa do patrimônio cultural da nação, em especial da região de Campinas.
Ocupa hoje um prédio histórico em uma construção importante, que segue as normas arquitetônicas dos antigos templos gregos. Na entrada do prédio está datado em números romanos o ano de conclusão: MCMLXXVI (1976). O espaço reúne intelectuais e escritores da cidade em torno do saber e das artes. Na programação mensal, palestras literárias e acadêmicas, mostra de artes plásticas e apresentações musicais. O evento desta segunda-feira, 16 de maio, inclusive, será encerrado com um momento de música aos acadêmicos e convidados.